Correio da Cidadania

Razões do fracasso

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A semana começou com gosto de ressaca. Não temos mais o prazer de estar ligados na TV, para torcer pelos nossos atletas nas Olimpíadas de Londres.

 

Na verdade, uma Olimpíada que não foi nem boa nem ruim, foi medíocre. Mas, fazendo do limão uma limonada, que sirva para refletir seriamente sobre nosso baixíssimo resultado na competição.

 

Como é possível países de população menor que a da cidade de São Paulo ficarem à frente do Brasil no quadro de medalhas?

 

Cuba, por exemplo, apesar da enorme crise econômica que enfrentou e ainda está enfrentando, ficou muitos degraus acima de nós. Para não falar de Jamaica e Cazaquistão.

 

Qual é o problema do nosso baixo desempenho?

 

O problema não diz respeito ao ganho de medalhas, mas ao bem estar físico dos brasileiros; e não diz respeito também à quantidade de dinheiro que se destine diretamente ao custeio de atividades esportivas.

 

Os governos, da República e dos estados, são os principais responsáveis por essa situação. Precisamos pressioná-los para que deem a devida atenção ao problema e enfrentem o x da questão.

 

A causa desse mau desempenho está em nosso sistema escolar. Nossas escolas não dão a menor importância para as aulas de educação física e não cuidam, de modo algum, de estimular a prática de esportes. Aliás, a grande maioria delas nem dispõe de quadras e instalações adequadas para a prática de esportes.

 

O verdadeiro problema é, portanto, o nosso sistema educacional, o público especialmente.

 

O verdadeiro problema é, portanto, o nosso sistema educacional. Precisamos utilizar este fracasso para fazer o que os americanos fizeram quando a União Soviética anunciou que havia enviado um homem ao espaço.

 

Como todos se lembram, imediatamente, o presidente formou uma Comissão dotada de amplos poderes para rever toda a política de defesa militar do país.

 

Façamos o mesmo. Formemos uma comissão, integrada por universitários, esportistas, estudantes, médicos e pessoas entendidas em esportes, a fim de examinar as razões do descaso com o problema esportivo e propor as medidas cabíveis para resolvê-lo.

 

Afinal, já que não se reverte mais a farra das megaobras e investimentos superfaturados que o país se obrigou a fazer para sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo, seria de bom grado uma mínima perspectiva de incentivo à prática esportiva de diversas modalidades para a população. Com vistas a, quiçá, se tornar uma potência poliesportiva.

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