Correio da Cidadania

A vida e o trabalho de Obama nas comunidades pobres de Chicago como líder e organizador comunitário deverão ser importantes na formatação de suas políticas relativas à América Latina de hoje.

Obama é uma espetacular estratégia, carisma de líder paz-e-amor à brasileira, preparado para "mexer" com a emotividade das massas e restabelecer a fidúcia da classe média.

Obama chegou ao governo, mas está a anos luz de ter conquistado o poder (no caso de que tenha se proposto).

Ou este furacão que passou no Haiti estava a seguir receita programada de extermínio de pobres ou temos de reconhecer que as mortes destes milhares têm culpados.

Não se notam muitas mudanças entre as posições de Obama em política externa. É preocupante a promessa de não mexer no orçamento militar nos próximos anos.

As esperanças que se colocam sobre o presidente negro devem ser relativizadas. A experiência do democrata Jimmy Carter é ridicularizada até hoje por não ter empreendido nenhuma guerra.

A pequena, porém vívida, cidade que gerou sionistas, comunistas e estudiosos tornou-se uma clareira a céu aberto, uma área completamente erradicada do mundo.

Nesse 7 de setembro, Gianni Alemanno, atual prefeito de Roma, declarou, durante visita ao Museu do Holocausto, em Israel, que não houve mal absoluto no fascismo.

Além de fechá-la, Obama deve pedir desculpas por seu país ter tolerado esta ignomínia e declarar que mudarão sua postura arrogante e imperialista com o mundo.

Após a derrocada da União Soviética, estadunidenses e russos disputam o controle político e financeiro sobre os Bálcãs. A Geórgia tornou-se um peão fundamental desse explosivo tabuleiro.

Essa talvez seja a principal contribuição de uma liderança política: transformar o discurso oficial em um processo de politização da opinião pública.