Correio da Cidadania

A batalha do Rio de Janeiro

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Canso de repetir: a criminalidade é intrínseca ao capitalismo. Porque as molas mestras do capitalismo são a ganância, a busca do privilégio e da diferenciação, e o consumismo.

 

Ter cada vez mais posses e recursos materiais. Competir zoologicamente com os semelhantes, no afã de se colocar em situação superior à deles. Mitigar todas as suas insatisfações adquirindo e desfrutando coisas.

 

E se relacionando com os outros seres humanos como se eles fossem também coisas a serem desfrutadas; coisificando-os, enfim.

 

Com isto, nunca é preenchido por completo o vazio da irrealização, sempre falta algo e sempre o que falta é mais importante do que o já conquistado. O homem moderno é um Cidadão Kane que nunca encontra o rosebud.

 

Pois os seres humanos só se realizam plenamente na coexistência cooperativa, solidária, harmoniosa e amorosa com outros seres humanos.

 

O capitalismo é um sistema perverso, que se alimenta do desequilíbrio e da desarmonia.

 

Que não garante a todos o necessário para todos, embora meios haja para tanto.

 

Que gera sempre, com uma secreção, seu exército industrial de reserva, seus excluídos, seus miseráveis. Eles são o resultado da mais-valia, que continua firme, forte e toda poderosa.

 

Apenas sofisticou-se, ocultando-se atrás dos hologramas projetados pela indústria cultural; o grande truque do diabo é fingir que não existe.

 

A mais valia continua dividindo a humanidade em exploradores e explorados.

 

Continua estabelecendo graduações entre os explorados, de forma que eles mirem apenas o degrau superior e não a sociedade sem graduações nem classes; que nunca vejam a floresta por trás das primeiras árvores.

 

O dado novo é que alguns dos que estavam bem embaixo perceberam a inutilidade de tentarem realizar seus sonhos consumistas subindo a escada, degrau por degrau.

 

Descobriram atalhos para passar ao lado dos degraus e chegar logo ao topo. Ironia da História: o capitalismo passou à fase das corporações, da liderança compartilhada, tornando quase impossível que grandes empreendedores ergam impérios do nada (Bill Gates é uma exceção que confirma a regra), mas a criminalidade forneceu uma válvula de escape para tais indivíduos.

 

Pablo Escobar foi o Henry Ford dos novos tempos. E outros não conhecemos porque os neo-Escobares perceberam que não lhes convêm alardear seu poderio.

 

Até certo ponto, os traficantes são complementares ao capitalismo: fornecem aquilo de que muitos explorados necessitam para continuar suportando sua existência insatisfatória.

 

Enquanto se comportam como empresários discretos e cumprem adequadamente sua função de espantalhos, dificilmente são destruídos pelo Estado.

 

Mas, aqueles a quem os deuses querem destruir, primeiramente enlouquecem. Então, às vezes, os traficantes também têm seus desvarios: tentam oficializar a conquista simbólica de parcelas do território brasileiro.

 

Porém, o Estado não pode consentir que o poder econômico da contravenção ganhe ostensiva expressão política, substituindo-o às escâncaras.

 

Aí, com seu poder de fogo superior, convocando Exército, Marinha e Aeronáutica se necessário, coloca os traficantes no seu lugar.

 

Morrem inocentes no fogo cruzado, o cidadão comum sofre prejuízos e enfrenta transtornos, a indústria cultural fatura em cima das manchetes empolgantes, eventualmente são presos ou mortos alguns grandes traficantes.

 

De quebra, a mentalidade policialesca ganha reforço e penetra mais fundo na cabeça dos videotas: a repressão é o que nos salva de termos nossos carros queimados!

 

E dá-lhe mais repressão, mais tropas de elite! A fascistização da sociedade vai avançando imperceptivelmente, naturalmente.

 

Antes, gatos escaldados por 1964, os mais sensatos queriam as Forças Armadas longe das questões sociais, defendendo apenas o Brasil dos seus inimigos externos. Agora, já se aplaudem os blindados da Marinha subindo o morro.

 

De toda essa tempestade de som e fúria, o que restará? O Estado vencerá a  Batalha do Rio de Janeiro. Que só não é de Itararé porque há mortos e feridos. Mas, não decide guerra nenhuma.

 

Decidiria se os traficantes vencessem. Mas, eles nunca vencerão. Nem aqui, nem na Colômbia que os pariu.

 

O Estado não quer, verdadeiramente, acabar com os traficantes. Consentirá veladamente na sua reorganização, com novas lideranças substituindo as tombadas, desde que respeitem os limites intrínsecos.

 

A sova garantirá que eles se comportem por algum tempo. E, quando botarem as manguinhas de fora, receberão nova sova. É simples assim.

 

Só teremos solução real quando identificarmos o verdadeiro inimigo (É o capitalismo, idiota!). Que sobrevive erigindo em espantalhos os inimigos menores, ou meros oponentes – Escobar, Castro, Bin-Laden, Saddam, Chávez, Ahmadinejad, há sempre um na berlinda.

 

E quando nos mobilizarmos para dar-lhe um fim, antes que - condenado pela História e cada vez mais devastador em sua agonia - seja ele a nos levar juntos para a destruição, ao aniquilar as bases naturais que sustentam a vida humana no planeta.

 

Celso Lungaretti é jornalista e escritor.

 

Blog: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/

 

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Comentários   

0 #7 Mluisa 12-01-2011 09:59
Nínguém quer morrer mas todos querem ir para o céu!Logo que se fala em justica social,diz que é comunismo.E estao fazendo igual China; 25 de dezembro noite de natal despejaram familias,no sudeste do Pará!Despejaram aonde?Entao me pergunto que democrácia é essa do Brasil?
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0 #6 CapitalismoCarlos 12-12-2010 22:02
Oi Edith,

Não sei se ele leu o que escrevi, eh eh.
O problema é que muita gente fala, fala, e acaba perdendo o foco real das coisas. É da natureza do brasileiro ser dispersivo, repare só.
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0 #5 Igualdade!!!Roberta Ibanez 03-12-2010 12:22
Começo dizendo que também não me considero uma socialista, mas alguns comentários em defesa deste sistema precisam ser tecidos! Primeiramente, quero ressaltar que para grande parte dos filósofos de esquerda as experiências ditas socialistas que tivemos até hoje não passaram de um capitalismo de Estado! Segundo Marx, este seria o primeiro passo para a construção do comunismo, porém os outros dois passos (socialismo e comunismo) NÃO foram dados em NENHUM local do mundo até hoje!
E isso justamente porque o regime socialista foi imposto, o que, ao meu ver, já é uma contradição em si mesma, de modo que o povo e os governantes mantiveram um pensamento capitalista. Em outras palavras, não houve uma revolução ideológica, apenas uma alternância de poder por meio de armas e exército... Como eu não acredito em revolução armada, não apóio nenhum regime que tenha chegado ao poder desta forma!
Por outro lado, ninguém pode negar que as desigualdades sociais são necessárias e fomentadas pelo capitalismo, que depende diretamente dessa desigualdade para manter a mais valia, explorando os menos favorecidos (e também os mais favorecidos, mas estes costumam achar que não são subalternos nem explorados...). Ademais, como brilhantemente analisa Foucault, o crime é necessário ao capitalismo, pois garante a segregação das massas e justifica a constante vigilância policial e a supressão de direitos individuais e, até mesmo, coletivos! Assim, caros leitores, o interesse do sistema capitalista jamais será o de acabar com o crime definitivamente. Foucault tem uma frase muito boa que tomo a liberdade de transcrever: \"O mundo sem criminalidade foi um sonho do século XVIII que logo acabou. O crime era demasiado útil para ser extinto\".
Em um país como o Brasil, então, em que a corrupção e a desigualdade fazem parte do cotidiano desde os nossos tempos de colônia, o crime é ainda mais útil, pois serve para camuflar as corrupções dos colarinhos brancos. Enquanto estão invadindo a favela, prendendo traficante e torturando moradores, os verdadeiros chefões do tráfico de drogas continuam pacificamente em seus condomínios fechados, no Congresso, nas Forças Armadas, no Poder Judiciário, no Ministério Público, etc etc etc... Nem menciono os corruptos da polícia, pois eles são café pequeno... Enquanto os videotas estão comemorando o \"fim do tráfico\" e acompanhando as notícias pelo JN, sem fazerem uma análise profunda da situação, os poderosos de sempre continuam praticando seus negócios livre e impunemente! Enquanto são os favelados que estão sendo torturados, os filhos da elite continuam consumindo e traficando drogas tranquilamente, em faculdades, condomínios de luxo, etc etc etc...
E o pior é ter de ouvir certos comentários, como o que tive de ouvir ontem de um advogado, pasmem, pór graduado em Direito do trabalho! Segundo ele, tem que apavorar todos os moradores da favela mesmo, pois ningúem pediu para eles estarem lá e eles nem pagam impostos! Se não estão contentes, que se mudem (quase o \"não tem pão, comam brioches\" da Maria Antonieta)! Será que a elite não tem participação nenhuma neste quadro social extremamente injusto que temos no Brasil? Ao contrário, ela é a grande responsável e conivente com isso! A grande maioria das pessoas com as quais convivo paga menos para a empregada e para a babá do filho do que para o cartão de crédito! Ou seja, condenam uma gama enorme de pessoas a viver em condições sub-humanas! E depois ainda dizem que essas pessoas vivem assim porque querem! Hipócritas...
Agora vocês me perguntariam porque em alguns países da Europa a desigualdade é menor e a criminalidade também, correto? Eu acredito que seja porque nesses países já houve uma revolução ideológica e as pessoas entenderam que quanto maior for a igualdade social, maior será a vantagem para todos! É claro que isso está ligado a uma base sólida de ensino e a um longo e longíquo aprendizado histórico. Mas o fato é que funciona! O capitalismo continua vigente, todavia a mais valia diminuiu sua porcentagem e as pessoas se tornaram menos consumistas e mais ativas socialmente.
Eu me considero uma social democrata por isso! O problema não é o capitalismo em si nem o modo de produção, mas sim o poder e a dominação, que existiram em todos os modos de produção que tivemos até hoje. E o melhor é que já temos as \"armas\" para começar a lutar! A nossa Carta Cidadã garante tudo isso, porém só aplicam a parte que interessa à elite! Eu queria ver se começassem a fazer um \"pente fino\" em condomínios de luxo para prenderem os verdadeiros chefões do tráfico e tratassem os moradores elitistas da mesma forma que estão tratando os favelados! Aí era destaque no JN, na Veja, a OAB e o MP dariam declarações... Será que os direitos humanos existem só para os membros da elite?! Todos devem lembrar, por exemplo, do escândalo que foi quando algemaram o Daniel Dantas, mas matar morador e traficantezinho de meia tigela a torto e a direito, não causa nenhum impacto. Aliás, minto, os matadores são tidos como heróis!!! Que ironia, não?!
O grande interesse deste espetáculo é o próprio espetáculo! Ninguém pretende acabar com o tráfico, apenas mantê-lo a um nível mais controlável, quem sabe se pelas próprias UPPS... Ninguém quer inserir os moradores dos morros no contexto social, garantir-lhes direitos e cidadania! Se quisessem isso verdadeiramente, fariam um \"pente fino\" em todas as instituições, implementariam um programa social bem estruturado nas favelas e discutiriam seria e profundamente a descriminização da maconha ( ou será que alguém ainda consegue acreditar que todos os maconheiros milagrosamente deixarão de existir amanhã?!). Sem essas três medidas, não dá para acreditar que o Rio pretende fazer um trabalho sério contra o tráfico...
E não esqueçamos: os grandes usuários de droga pertencem à elite! Os grandes corruptos e os chefões do tráfico também! No entanto, só quem \"paga o pato\" são os fantoches que comercializam drogas nos morros e os moradores da favela, que na maioria das vezes não têm participação nenhuma nisso tudo, nem mesmo como consumidores... Como não estão fazendo uma varredura nos meios mais abastados, posso garantir que o tráfico continuará vivo!
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0 #4 Sonhos de Uma Noite de Verão!Raymundo Araujo Filho 01-12-2010 14:26
Aprendi cedo a não me misturar com dois tipos de anti capitalistas. Os falsos socialistas, e os chamados "socialistas bíblicos".

Os primeiros são aqueles tipo Skaff do PSB("todo o empresário moderno é socialista"), ou o Netinho (PC do B), entre outros, muitos outros. Sobre estes, nem tecerei comentários, pois exercem o papel de Tiriricas Com Votos, para eleger os Tiriricas Sem Votos.

O segundo tipo são aqueles que pensam ser o Socialismo, algo que coloca a humanidade isenta ou a salvo das mazelas humanas. Em pimeiro lugar, a meu ver, estes "bíblicos" ignoram a festança que fizeram sob a manta do Socialismo, através dos tempos, e de forma reccorente, como nos mostrou o último e recente expurgo e troca de ministérios em Cuba (país que apoio politicamente, pois não sou nenhum PSTU da vida, embora não preste vassalagem ao regime de lá), além de TODA a história do Socialismo Real, aliás, o único Socialismo que se tem como exemplo histórico, material.

Talvez a esquerda socialista não considere isso "crime", ou mantenha um status diferenciado dos crimes comuns, cometidos pela plebe, sei lá...

Assim, afirmo sem medo de errar que não é exatamente o Socialismo, mas sim altos níveis de educação e acessos, o que mantém a sociedade em níveis de segurança coletiva e individual, em relação ao que chamam, quase como que isentando outras categorias desta pecha, pelo que vejo apenas assim nomeada ao que faz o "lumpen", em ações "anti sociais".

Não meus queridos, o que faz a dimnuição do crime nestas plagas socialistas, é o forte Controle Social certamente bastante repressivo, que estes regimes socialistas implementaram, com todas as penas, inclusive a de morte, supressão do judiciário ou sua castração, etc....Ah! Além de uma Polícia Secreta de meter medo!

É evidente que a plena escola, saúde, e outras atenções básicas minoram a pressão pelo crime, mas nos países Socialistas, pobres por execelência e ainda sob forte boicote internacional, a iniquidade, ou baixo nível de vida material é constante, histórica e, quem sabe, insanável, no atual estado de coisas.

Então, não me venham com esta história que em Cuba a criminalidade é baixa "porque o Povo lá e Socialista", porque não acho verdade. Sequer sei se o Povo lá é mesmo Socialista, apenas sei que vivem sob o socialismo. E não estou aqui a fazer nenhum juízo de valor sobre esta situação, apenas me lembrando o que se sucede na Praia de Varadero e nos bastidores da Burocracia cubana (para não citar a chinesa, vietnamita ou Coreana do norte, para ficar só nestes...).

Responder a esta questão, como muitos fazem, dizendo que "sob o socialismo coíbi-se, ao menos, os crimes dos burocratas e os crimes dos marginais, que são exemplarmente punidos, inclusive com a pena de morte, que os daqui apóiam lá, mas não para ser aplicada aqui (eu não apóio a pena de morte nunca, mas sim que o criminoso pague vivo cada crime cometido, e sem regalias...).

Outrossim, países capitalistas ricos (Suécia, Dinamarca, Noruega, Suíça, e outros) o Capetalismo vige, e o crime, Vixe!, quase não existe. Tampouco é grande a corrupção governamental para assuntos internos.

Portanto, a idealização do Socialismo, quase como um paraíso, contrastando com o Inferno que é o Capitalismo, é a maneira mais contraproducente de divulgar a luta anticapitalista, da qual faço parte, mas sem idealizações baratas.

E, não vai longe o dia, no qual Celso Lungaretti veio aqui nestas páginas defender o voto envergonhado em DiLLma, sob aquele eslogan vergonhoso "nehum voto ao Serra", deseducando o Povo, por divulgar uma diferença inexistente no plano estrutural, e que agora já vemos no plano conjuntural, com a nomeação de um ministério com JoBin, Côrtes (a privatização da saúde), e a tríade econômica, além das promessas do subserviente Paulo Bernardo pau-prá-toda-a-obra, além de Lobão, etc., nos mostra que é bom que contem outra história, pois essa foi prá boi dormir, além da debacle do últimno argumento sobre o "apoio brasileiro ao Chávez", o que começa a ser retirado com DiLLma, apoiada por Lulla, que quer reconquistar a liderança nos países anti imperialistas, protagonizado por Chávez (vide declarações de Jobin).

Lembro que a única declaração que eu li, de DiLLma sobre Chávez, foi para o Bóris Skarloff, digo Casoy: "Chávez é o presidente de um país da América do do Sul e teremos de conviver com ele". Fecha o pano!

Sabendo que Celso Lungaretti não nutre nenhuma simpatia e nem dá apoio político a Chávez (tampouco a Cuba), penso que a "esquerda" brasileira tem de perder a mania que pode fazer o que quer, apoiar quem quiser e depois acha que vai limpar a barra, com escritos bem esquematizados, mas desprovidos de qualquer nexo com a realidade. Na verdade "pura invencionice" (como diria a negra Tia Anastácia), como esta que o Socialismo, por si só, combate a criminalidade.

Qual socialismo, cara pálida?

Raymundo Araujo Filho é anti capitalista, mas não é socialista.
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0 #3 Edith 30-11-2010 07:24
Parabéns, Carlos. Será que o Lungaretti leu o que vc escreveu?
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0 #2 capitalismoCarlos 29-11-2010 14:52
Então, no momento qual é a alternativa ao capitalismo? O socialismo? Se já foi provado que o capitalismo sabe produzir, mas não dividir, e o socialismo sabe dividir, mas não consegue produzir – qual das duas opções é a menos pior? Talvez o amigo conheça algum sistema utópico e pastoral, onde todos se amem cantando de mãos dadas ao redor de fogueiras, compartilhando seus bens com os menos favorecidos; e queira nos dizer qual é. Mas até onde eu sei, infelizmente a vida não é assim, e nunca foi. Diferenças sociais existem desde a Antiguidade.

Longe de ser algum capitão de indústria milionário e ganancioso, eu também gostaria que não houvesse tanta busca desenfreada por bens de consumo fúteis. O que mais sofre com isso é o meio-ambiente, mas isso é outra história. Nosso problema maior agora é a gritante falta de uma boa educação e escolaridade para a grande maioria do povo. A geração atual já está perdida mesmo, então por enquanto precisamos sim, e muito, das armas da polícia. Porém grandes investimentos em escolas e professores fariam as gerações futuras menos dependentes da ‘esmola bondosa’ do governo e menos também do aparato policial. Se é assim em outros países onde toda criança tem formação escolar de primeira, e o sistema continua sendo capitalista, sem a criminalidade que temos aqui, por que não poderia ser igual no Brasil? As raízes desta nossa tradicional incapacitação são assunto para outro tópico, que não cabe aqui. Porém não concordo com a afirmativa de que todo o mal vem do capitalismo. Se fosse assim, Cuba e União Soviética seriam paraísos para se viver, e olha o que aconteceu lá. Criminosos sempre pulularam na URSS, apesar do anticapitalismo vigente. Só não formaram bastiões porque o Estado eliminou-os impiedosamente. Nem a velha China escapou do equívoco: o governo pode ser socialista, mas o sistema econômico virou capitalista, quem diria. A alternativa, no passado deles, foi a fome.

Éramos capitalistas antes das últimas décadas de violência, e ninguém torrava dentro de carros por causa de algum coquetel Molotov jogado dentro, pergunte aos seus pais. Então o que mudou? Educação de qualidade – eis a chave da questão. O nome do sistema econômico é secundário.
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0 #1 Edith 29-11-2010 13:07
Aplicar um pouco de História cairia bem: Stalin foi um santo! idem a China comunista!
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