Correio da Cidadania

Commodities ambientais: o paradigma organicista como contraponto à privatização e financeirização da natureza

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Foto: Pé de Jabuticaba. Ws-Tiago/Panoramio / Commons WikiMedia

O que são Commodities Ambientais? Como fazer a separação entre joio e trigo nessa questão? Seria a mercantilização da Natureza?

Sua eminência parda: o Mercado? Créditos de carbono e de compensação ambiental? Economia verde versus economia socioambiental?

Essas são algumas perguntas que a colunista do Correio da Cidadania e economista Amyra El Khalili buscou responder em seu último artigo, “Commodities ambientais: o paradigma organicista como contraponto à privatização e financeirização da natureza”.



O presente documento é resultado das discussões e propostas apresentadas pelos participantes dos cursos realizados por entidades representativas de classe dos economistas paulistas, ministrado pela Professora Economista Amyra El Khalili, para a elaboração de um plano de trabalho e roteiro para projetos em “Commodities Ambientais”, desta forma contribuindo com importantes e necessárias mudanças em relação aos usuais conceitos amplamente adotados para análise e desenvolvimento de projetos, bem como para a cadeia produtiva de bens e serviços, distribuição e comercialização.

Os grupos foram compostos por especialistas em economia, direito, ambientalistas, lideranças comunitárias, formadores de opinião, entre outros profissionais multidisciplinares.

Esta é uma abordagem que reflete a preocupação com o resgate social, a produção sustentável, a preservação e conservação das matrizes ambientais (bens comuns), utiliza uma adaptação da linguagem técnica usual para um entendimento mais amplo, define uma escala de produção que seja compatível com o meio ambiente sem degradá-lo, além de defender uma agregação contínua de novos parceiros, o que torna os projetos “Commodities Ambientais” orgânicos.

As commodities ambientais são o oposto das commodities convencionais por fazerem contraponto aos critérios de padronização e comercialização, ao questioná-los tecnicamente confrontando os números e estatísticas das grandes escalas de produção, incluindo as variáveis sociais e ambientais e principalmente as reivindicações dos que são os legítimos representantes de sua “eminência parda, O Mercado”, ou seja, os produtores e consumidores que somos todos e todas nós, pagadores de impostos e taxas, além de pagarmos também as exorbitantes taxas de juros praticadas no Brasil quando recorremos a empréstimos e financiamentos.

As commodities ambientais não são créditos de carbono e seus derivativos (REDD, REDD+, Pagamentos por Serviços Ambientais, Créditos de Compensação, Créditos de Efluentes, Pagamentos por Serviços Ecossistêmicos, entre outras pirotecnias financeiras).

Pelo contrário, o documento rebate as falsas soluções dos que se apresentam como “lobos vestidos em pele de cordeiro” .


Fonte: EL KHALILI, Amyra. Commodities ambientais: o paradigma organicista como contraponto à privatização e financeirização da natureza. Fórum de Direito Urbano e Ambiental – FDUA, Belo Horizonte, ano 21, n. 122, p. 11-41, mar./abr. 2022.

Acesse o documento aqui.

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