Copa Libertadores: racismo argentino se esconde na ideia de identidade nacional
- Detalhes
- Raphael Sanz, da Redação
- 20/05/2022
Foto: Torcida do Fortalezafez enorme mosaico com os dizeres “Stop Racism” de um lado do Castelão, e “Juntos nessa luta” de outro. A foto foi retirada do Youtube.
O racismo é um tema que tem mobilizado a sociedade brasileira há décadas sob diversos pontos de vista: do racismo estrutural, laboral, histórico, nas relações sociais, entre muitas outras abordagens, com cada vez mais destaque no debate público. E, no âmbito do futebol, não é diferente.
Da mesma forma como o restante da sociedade, podemos observar no mundo do futebol tanto o crescimento do debate sobre racismo como o aumento de relatos e flagrantes de ações racistas das mais diversas maneiras, dentro e fora das quatro linhas. Das torcidas europeias declaradamente nazistas aos episódios dentro do Brasil envolvendo torcedores, jogadores, policiais, dirigentes e todas as variações possíveis entre esses e outros atores.
Entre as muitas expressões no futebol desses racismos presentes nas nossas sociedades, uma em particular tem chamado a atenção nos últimos meses: trata-se de torcedores argentinos, e suas “imitações de macacos”, em relação a torcedores brasileiros. Um fenômeno, no sentido científico da palavra, que já existia, mas parece ter escalado na atual edição da Copa Libertadores da América, organizada pela Conmebol.
Qualquer leitor que acompanha o futebol continental sabe que logo na segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores viralizou nas redes sociais o vídeo de um grupo de torcedores do River Plate fazendo as famosas imitações de macaco em direção aos torcedores visitantes, do Fortaleza. Um dos riverplatenses até foi filmado arremessando bananas nos tricolores, às gargalhadas.
Depois da agressão, o Fortaleza protestou e o River Plate identificou o racista e suspendeu-o por 180 dias do clube. Era um sócio. O autor também recebeu uma punição da Justiça portenha e, por quatro anos, não poderá ingressar em jogos de futebol dentro da Capital Federal argentina – também terá de fazer um curso de conscientização a respeito do tema. Nenhum pio da Conmebol para além de uma de multa ao clube, prevista no regulamento da competição. O River, por sua vez, apela a essa punição.
De toda forma, o Fortaleza valorizou o gesto dos portenhos em punir a agressão e o jogo da volta, realizado a duas semanas no Castelão, ocorreu em clima de paz e conciliação. Ficou marcado por um lindo mosaico que os torcedores cearenses organizaram em protesto contra o racismo – direcionado de forma geral, não em particular ao River Plate.
Mas apesar desse desfecho até certo ponto razoável do caso particular entre Fortaleza e River, o ‘gesto viral’ parece ter servido como incentivo ao comportamento em questão, e na rodada seguinte à do incidente pudemos acompanhar mais três episódios. Torcedores do Estudiantes de La Plata também foram filmados praticando ofensas racistas semelhantes sobre os pouquíssimos adeptos do Bragantino presentes no estádio Jorge Luis Hirsch. Mas esse episódio acabou ofuscado por um outro flagrante.
Quando um torcedor visitante do Boca Juniors fez o mesmíssimo gesto na Arena Corinthians, em Itaquera, diante de todas as televisões do país, a repercussão foi ainda maior do que a do episódio da semana anterior, em Buenos Aires. Flagrado ao vivo na TV, o racista logo ganhou as redes sociais e os sites de notícias. Foi preso. Teve a fiança paga por gente ligada ao Consulado Argentino com a desculpa de que estaria “se coçando” e, quando viajava de volta para a Argentina, fez uma publicação em suas redes novamente insinuando que os brasileiros seriam ‘macacos’.
Condenações à atitude por parte do Boca Juniors nas redes sociais e nada mais. Nenhuma palavra da CBF, cujo presidente enfrenta há meses um processo por assédio sexual sobre uma funcionária da entidade.
Torcedor argentino preso em Itaquera. Créditos: - @_sccpnews – Twitter
Além dos argentinos, também no Chile e no Equador foram registradas agressões racistas. A primeira, contra torcedores do Flamengo, no estádio San Carlos de Apoquindo. A Conmebol multou a Universidad Católica. Também houve o registro de um torcedor do Emelec nas tribunas do estádio George Capwell, a emitir os mesmos sinais aos palmeirenses, que, no setor visitante, se encontravam abaixo das tribunas onde localizava-se o agressor, e daí registrou-se o vídeo republicado pelo jornal Lance.
Além desse episódio com os palmeirenses, também em Guayaquil o atacante do Flamengo, Bruno Henrique, recebeu insultos racistas em partida contra o Barcelona, rival do Emelec. A multa de 40 mil dólares ao autor tinha sido, até então, a maior punição a casos de racismo na história da Copa Libertadores.
Buscando uma reflexão mais profunda a respeito desses episódios, conversamos com Douglas Rodrigues Barros, jovem filósofo brasileiro, doutor em Ética e Filosofia Política pela Unifesp e autor de livros que discutem o tema, como “Lugar de negro, lugar de branco” (Hedra) e “Racismo” (Edições Brasil & Fibra).
Para Douglas, esse racismo nunca esteve ausente, mas acredita que a partir dos últimos eventos se tornou mais explícito e o que antes podia aparecer pontualmente parece que se tornou uma grande “onda racista” no interior de muitas torcidas sul-americanas.
“Quando recebi essas notícias tentei ir para fora do âmbito do futebol para entender como isso se deu. Assim, me veio à cabeça não só um cenário global de crescimento dessas fronteiras, da extrema-direita e do próprio fascismo, que acompanha a explicitação do racismo, mas também fiquei pensando qual seria a causa motora desse acirramento da construção de fronteiras, de identidades fechadas e exclusão do outro. A minha conclusão é que estamos passando por um processo de crise global cujas saídas são muito rarefeitas, são saídas que não são realmente saídas, e isso reforça um elemento de construção racista como resposta prática e superficial a essa crise”, refletiu.
Por outro lado, Douglas Rodrigues Barros também chamou a atenção de que esse racialismo presente na estrutura imaginária das torcidas é algo que nunca saiu do horizonte, pois é próprio à formação social contemporânea. Além disso as torcidas trazem em si um elemento identitário forte, que, ao mesmo tempo em que depende do outro, visa excluí-lo e às vezes até suprimi-lo em casos antidesportivos. Algo que podemos observar na própria ideia de jogos com torcida única, tratada como medida de prevenção à violência como um todo, tanto no Brasil como na Argentina, mas que, na prática, espalha-a, em ambos os países.
Racismo escondido em idealismo nacionalista
É verdade que na quarta rodada da Copa Libertadores tivemos o episódio supracitado da recepção do Fortaleza ao River Plate e um segundo episódio de redução de danos nas animosidades que citaremos a seguir. No entanto, na quinta rodada, jogada nesta semana, poucos dias antes desta nota ser publicada, tivemos mais um episódio.
Na partida de volta disputada entre Boca Juniors e Corinthians, na última terça-feira (17) no mítico estádio de La Bombonera em Buenos Aires, uma nova “imitação de macaco” foi flagrada nas arquibancadas argentinas. Dessa vez partindo de uma criança.
No Brasil, a repercussão foi imensa, tanto nas redes sociais como nos meios de comunicação. O destaque ficou para o programa Donos da Bola, onde o âncora, ex-jogador e ídolo do Corinthians, Neto, não poupou palavras para qualificar o episódio. “O Campeonato Brasileiro é muito mais importante e a Copa do Brasil dá muito mais dinheiro do que a Libertadores (…) e vocês, clubes brasileiros são uma vergonha quando o papo é racismo, homofobia etc.”, declarou, para, na sequência também criticar a imprensa e os executivos do negócio-futebol.
Mas ao contrário do Brasil, esses episódios lamentavelmente não repercutem na Argentina, como nos explica Nicolás Cabrera, sociólogo e antropólogo argentino, professor na Universidad de Cordoba e pesquisador das dinâmicas de violência presentes no futebol.
“O racismo está tão introjetado na sociedade que a imitação do macaco não gera muito problema por aqui, infelizmente, não é um assunto que vai ocupar a opinião pública ou matérias nos jornais, porque estamos com esse racismo completamente naturalizado por aqui. Esse tipo de coisa passa nesse crivo apenas como uma ‘piada’ que faz parte do ‘folclore do futebol’”, contou.
Para o especialista argentino, é preciso levar em conta que toda sociedade tem racismo e na Argentina não é diferente. E, que, por conta da história do país e sua composição étnica e racial, o racismo funciona de um jeito um pouco diferente do que estamos acostumados a observar no Brasil. A inesquecível frase do presidente argentino Alberto Fernández, quando disse que “os brasileiros vieram da selva e nós, argentinos, dos barcos”, resume um pouco a ópera – além de mostrar que essa ideia da Argentina branca e europeia é um mito aceito de maneira geral no país, incluindo nos setores progressistas.
“Na Argentina estamos no pior grau do racismo, que é aquele que diretamente nega o racismo – e ao contrário do Brasil onde há mais vozes dissonantes, aqui é internalizado de forma muito mais ampla”, explica Cabrera.
Como exemplo, Nicolás nos lembra que no Brasil existe o mito da Democracia Racial que, embora não corresponda à realidade, pois sabe-se que o racismo também é muito forte entre nossas fronteiras, ao menos geraria um clima um pouco menos descarado se comparado aos mitos nacionais argentinos, tornando a ideia do racismo um pouco menos normalizada no Brasil em comparação com os nossos vizinhos.
“Fomos criados com um mito fundante que é o da Argentina branca e europeia. Na ideia de que a Argentina veio dos barcos, de que todos somos descendentes de europeus. Assim, esse mito, que está muito internalizado nos corpos e mentes dos argentinos e argentinas, leva a crer que a Argentina não seria um país racista pelo simples fato de não ter uma população negra. Um dado que é falso porque a Argentina, como todas as sociedades latino-americanas, é uma sociedade mestiça. Existe sobretudo muita população indígena, mas há também os afro-argentinos, ainda que em números muito inferiores na comparação com o Brasil”.
Nicolás Cabrera conclui seu pensamento recordando da importância que o futebol tem na América Latina como um importante canal para se construir uma nação. No futebol se aprende a ser brasileiro, argentino, uruguaio e assim por diante. Quantos leitores não cantaram o hino nacional pela primeira vez em uma Copa do Mundo, por exemplo? Nesse sentido, o esporte, com sua importância nos corações dos povos do nosso continente, “reflete e expressa muito dos mitos e das narrativas patriotas”, nas palavras do entrevistado.
“Como fomos criados na Argentina com essa ideia do argentino branco e europeu, um dos jeitos de afirmar essa identidade nacional no futebol é mostrando que somos isso mesmo, e, como consequência, não seríamos negros e indígenas. E nesse jogo de espelhos que é o futebol, onde ao mesmo tempo eu falo quem eu sou e quem você é, mostrar que os outros (brasileiros, bolivianos, peruanos etc.) não são argentinos, funciona na mesma mão em que dizemos que nós somos europeus. A imitação do ‘macaco’ vem nesse sentido, dessa hipotética superioridade racial dos argentinos sobre o resto do continente. É uma ideia colocada pelas elites e vejo que quando um torcedor argentino faz esse macaquinho, ele está reproduzindo exatamente essa ideia de nação”, concluiu.
O filósofo brasileiro vai um pouco nessa linha. Quando perguntado sobre o que pensa da argumentação que coloca essas agressões como consequências de um “efeito troll”, ou seja, tendo seu uso estimulado pela reação de quem se quer agredir (ou provocar), Douglas Rodrigues Barros não descarta a hipótese completamente, todavia aponta que as mesmas expressões inconscientes de afetos coletivos, que podem expressar esse “efeito troll”, também trazem à luz as entrelinhas sociais e cotidianas desses discursos e práticas racistas semiautomáticos. Ou seja, essas “brincadeiras” podem trazer à superfície, como um tipo de “ato falho”, valores e sentimentos coletivos dos quais não se fala abertamente. Nesse caso específico, os valores racistas introjetados nas mentes dos argentinos e argentinas.
Bolivianos, peruanos e “el negro villero”
A raiz do racismo argentino se expressa dentro da sociedade de diversas maneiras. Os primeiros alvos são os imigrantes peruanos, paraguaios e bolivianos, muito numerosos, sobretudo na capital. No futebol, é muito comum que torcidas façam piadas contra rivais, chamando-os de bolivianos ou peruanos. É algo de certa forma até aceito, em termos de imprensa e opinião pública, dentro do que se conhece por lá como “folclore do futebol”. Mas é claro que o alvo fica ofendido e brigas podem acontecer por essa razão.
A torcida do River Plate canta aos do Boca Juniors “que feio é ser bosteiro [apelido pejorativo do clube] e boliviano”. Fora da capital, na cidade do nosso entrevistado, Córdoba, a torcida do Talleres canta a mesma canção ao rival Belgrano, enquanto em Santa Fé o Unión ofende seus rivais do Colón com a mesma música. Mas a prática não se limita somente a esses clubes, a lista é enorme. “É cultural”, como diriam os personagens de uma famosa propaganda argentina em tempos de Copa do Mundo.
Cabrera explica a dinâmica: “sempre quando temos um clássico em que um dos times é do bairro popular, mais humilde, do bairro que recebe a migração peruana e boliviana, como é o caso de La Boca ou de Alberdi, o bairro do Belgrano em Córdoba, a piada usada para que sejam provocados é essa de que são bolivianos e peruanos – e consequentemente, ‘sujos e fedidos’”.
A outra das principais manifestações do racismo argentino está no uso que dão à palavra ‘negro’ que, diferentemente do Brasil, teria uma conotação muito mais social, de classe, do que propriamente racial.
Segundo Cabrera, “usamos a palavra de uma maneira pejorativa, para falar do pobre, do villero [favelado] – mesmo que na maioria das vezes esse pobre não seja etnicamente um afrodescendente. Numa situação hipotética, se chega um morador de rua com roupas mais velhas e um pouco bêbado, mas não tem fenotipicamente a pele escura, aqui você pode ouvir alguém falar que ele é um ‘negro de alma’. Uma expressão horrorosa, usada para falar sobre a população pobre, porque os pobres aqui foram ‘enegrecidos’, e isso pode ter alguma coisa a ver com a cor da pele ou não. Geralmente, a população mais pobre na Argentina é mais mestiça, e pode ter uma cor um pouquinho mais escura, mas aqui na Argentina o uso da palavra ‘negro’ tem um sentido de classe muito forte”, detalha.
Racismo e antirracismo no Cone Sul
Como o filósofo Douglas Rodrigues Barros nos lembrou no começo da reportagem, essa escalada de episódios de racismo guarda relações com as dinâmicas sociais, políticas e econômicas às quais estamos todos submetidos. E nesse sentido, também o inverso. Ele nos lembra que, no Brasil, o principal motor de combate ao racismo são os próprios torcedores.
“No Brasil, até pouco tempo atrás, a gente via um grito de macaco nas arquibancadas naturalizado, hoje em dia essas práticas também estão sendo condenadas e não necessariamente por aqueles que estão na dianteira do futebol, mas sobretudo pelas torcidas, que vão dar uma resposta antirracista a esse racismo endêmico em um momento de crise. E isso só é possível porque no Brasil a questão tem sido tratada publicamente, até por uma necessidade histórica e social que todos conhecemos”, afirmou, enquanto lembramos simultaneamente do episódio em que uma mulher cometeu uma agressão racista no metrô de São Paulo recentemente e foi questionada e expulsa pela multidão que se revoltou com sua atitude.
Tanto o filósofo brasileiro como o sociólogo argentino concordam que as punições para esses casos não podem ser coletivas. Nada de multas aos clubes, perdas de mandos ou suspensão de torcidas inteiras.
“Não me animo muito com as sanções punitivas, sou mais a favor das medidas preventivas. Claro que o torcedor do Boca que fez os gestos contra os corintianos teve de ser punido. O que quero dizer é que punir esse torcedor não vai fazer com que outros torcedores do Boca parem com a piada racista”, declarou Nicolás Cabrera dias antes do jogo de volta em que vimos o mesmo gesto sendo repetido.
Douglas Rodrigues Barros ainda acrescenta que, além de não resolver, esse tipo de medida pode ainda piorar o problema.
“Efetivamente, essa tratativa punitivista com a questão racial recalca a expressão do racismo ao invés de combatê-lo na sua raiz. A norma se trata de uma infantilização da construção das consciências para soluções rápidas no curto prazo, quando deveria ser feito um trabalho a longo prazo, que é a tentativa de formação de um debate público entre as torcidas e outros setores envolvidos no futebol sobre o que é o racismo e a racialização. Na minha opinião, essa seria a maneira de pensar a questão de uma forma não punitivista, mas não vejo interesse por parte dos donos do negócio-futebol em desenvolver algo nesse sentido. Sabemos que o que interessa no caso do futebol é fazer girar o mercado e o negócio, então é dessa forma que vejo as medidas que vêm sendo adotadas, que servem mais para silenciar o racismo inesperado durante o espetáculo do que para combatê-lo de fato”, analisou.
Douglas finaliza recordando que existem grupos e coletivos dentro das torcidas brasileiras que fazem esse trabalho e têm pouco espaço no debate público oficial. Uma solução seria começar a apoiar, socialmente falando, esses grupos. Algo semelhante ao que coloca o Fan Project alemão, tratado brevemente em matéria anterior e que futuramente será destrinchado por aqui.
Na mesma linha, buscando ater-se a medidas de prevenção, o pesquisador argentino, Nicolás Cabrera, recorda de uma ação realizada na sua cidade. Um vídeo produzido pelo jornal local La Voz, basicamente orientando os torcedores locais, do Talleres, sobre como receber os visitantes do Flamengo.
“Foi um vídeo institucional muito simpático, engraçado e respeitoso, com torcedores do Talleres se preparando para receber os flamenguistas. Explicou algumas coisas sobre Córdoba, entre elas a paixão local pelo Fernet, artistas populares da região e falando que receberiam bem os flamenguistas. A iniciativa funcionou e não vimos nenhum caso de racismo nesse jogo – ou de animosidades em geral. Foi uma medida preventiva, na qual o clube Talleres disse que ‘nesse contexto de piadas racistas, vamos recebê-los de um jeito diferente e mostrar nossa grandeza’”, concluiu.
E, de fato, o Flamengo deixou no vestiário em Córdoba um bilhete agradecendo a recepção e o carinho do clube cordobês.
Na próxima semana será jogada a sexta, e última, rodada da fase de grupos da Copa Libertadores. Em seguida haverá um sorteio para decidir as chaves da fase final. Nesta última rodada, Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Atlético Mineiro encerram suas participações em casa contra Deportivo Táchira (Venezuela), Always Ready (Bolívia), Sporting Cristal (Peru) e Deportes Tolima (Colômbia).
São jogos com baixo risco de repetição de casos de racismo. Assim como as saideiras de América Mineiro, Bragantino e Fortaleza, todas fora de casa contra o Independiente Del Valle (Equador), Nacional do Uruguai e Colo Colo (Chile). Esperamos que no mata-mata, quando brasileiros e argentinos se encontrarem em jogos importantes, essas cenas não se repitam.
Raphael Sanz é jornalista e editor do Correio da Cidadania.
Gostou do texto? Sim? Então entre na nossa Rede de Apoio e ajude a manter o Correio da Cidadania. Sua contribuição é fundamental para a existência de um jornal realmente independente.