Correio da Cidadania

O protocolo Aníbal e os filhos de Abraão

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Foto: WAFA

O Protocolo Aníbal (...) é um procedimento introduzido em 1986 pelas Forças de Defesa de Israel para evitar a captura de soldados israelenses pelas forças inimigas. De acordo com uma versão, o protocolo diz que “o sequestro de soldados deve ser interrompido por todos os meios, mesmo ao preço de atacar, ferir ou destruir as nossas próprias forças”.

O texto acima introduz o verbete da Wikipédia para um dos mais terríveis procedimentos das forças armadas israelenses. O protocolo Hannibal foi mantido em sigilo até 2003, quando o foi revelado por uma investigação do jornal israelense Haaretz.

Vários eventos envolvendo mortes e ferimentos de soldados e até civis israelenses podem ter ocorrido em diversos momentos. Uma das últimas vezes teria sido durante o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, quando reféns israelenses afirmaram ter sido atacados por helicópteros de seu próprio país.

Em 2014, o jornalista israelense Uri Arad publicou um artigo sobre o protocolo. Segundo ele:

A santidade da vida do indivíduo não é mais importante. Agora, em vez de o governo servir a seus cidadãos, são os cidadãos que são obrigados a pagar com suas vidas para servir aos interesses do governo. O nome disso simplesmente é fascismo.

Deus ordenou a Abraão que sacrificasse seu próprio filho. Talvez, o episódio tenha servido como uma inspiração deturpada e doentia para o protocolo Aníbal. No último momento, o patriarca judeu foi impedido de cometer o terrível ato. Um regime covarde e genocida que sacrifica vidas humanas para manter-se no poder também precisa ser detido. Em defesa da humanidade e de seu próprio povo.

Sergio Domingues é sociólogo e servidor público federal.
Blog: Pílulas Diárias.

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