Correio da Cidadania

Ditadura nunca mais!

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Petistas afirmam que prisão de Braga Netto fortalece a democracia no País |  Partido dos Trabalhadores

O dia 10 de dezembro deste ano de 2024 - Dia Internacional dos Direitos Humanos - foi um Dia de Mobilização Nacional.

Milhares de pessoas foram às ruas “em mais de 40 cidades do norte ao sul do país para participarem dos Atos ‘Sem Anistia’. Os manifestantes pediram a punição para os que tentaram dar um Golpe de Estado, além de planejarem os assassinatos do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes” (https://www.cut.org.br/noticias/sem-anistia-nas-ruas-do-pais-manifestantes-pedem-prisao-para-os-golpistas-da65).

Os principais objetivos da Mobilização Nacional foram: combater o golpismo e a violência policial (que aumenta a cada dia que passa); defender a democracia; prender os golpistas e lutar contra a carestia da vida.

Sem anistia para os golpistas! Prisão para Bolsonaro e seus cúmplices, já! Pela vida, pela justiça, pela democracia e pela soberania popular!

Em Goiânia, o evento foi convocado pelo Fórum Goiano em Defesa dos Direitos, da Democracia e da Soberania, e pelas Centrais Sindicais Frente Brasil Popular e Povo Sem Medo. Aconteceu às 16h, em frente ao prédio do Ministério Público Federal (MPF), com boa participação.

Além de outros, os temas destacados pelos que se manifestaram foram: o respeito às instituições democráticas e à soberania do voto popular. Um carro de som foi estacionado na frente do MPF, chamando a atenção das pessoas que passavam pela avenida Olinda, ao lado da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (ALEGO).

A Central Única dos Trabalhadores e das Trabalhadoras de Goiás (CUT-GO) marcou presença. Foi representada por seu vice-presidente, Ademar Rodrigues, e por seu secretário de administração e finanças, Napoleão Batista, com falas contundentes em defesa do Estado democrático de direito e da ordem constitucional democrática, contra a ação criminosa dos golpistas: Bolsonaro e companhia limitada.

Devido ao espaço de um artigo, entre as muitas cidades onde aconteceu o Ato, cito - além de Goiânia - somente São Paulo. No Ato organizado pela CUT, as Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e outros movimentos sociais populares, o secretário de Relações do Trabalho, da CUT Brasil, Sérgio Antiqueira declarou que a sociedade não tolera mais nenhum tipo de anistia.

“O Brasil já é refém disso, Golpe após Golpe. Então, a gente não pode permitir que esse criminoso, que é o Bolsonaro, a quadrilha dele, os militares envolvidos, de todo o staff dele promovam um Golpe no Brasil, e para que isso não aconteça de novo a gente precisa deixar um recado: sem anistia!”.

Concluiu dizendo: “O mercado financeiro está fazendo pressão contra o governo Lula, e a gente não pode deixar o governo Lula refém do mercado, dos banqueiros, e do agronegócio. Nós temos que fazer esse enfrentamento, e é assim na rua que a gente consegue” (Maria Dias, CUT-SP).

Por fim, uma reflexão que considero fundamental. No sistema capitalista neoliberal - estruturalmente irracional, desumano e antiético - o chamado “Estado Democrático de Direito” é meramente formal.

Na realidade - apesar dos movimentos sociais populares e sindicatos de trabalhadores(as) conscientes e organizados - a grande maioria do nosso povo continua ainda ideologicamente oprimida e dominada. O opressor está hospedado agradavelmente na cabeça do oprimido.

Diversas vezes eu ouvi trabalhadores e trabalhadoras, que - bem intencionados e por falta de consciência crítica - diziam: “eu não voto em pobre porque - por ser pobre - se ganhar, vai roubar mais; eu voto em rico, porque - por ser rico - se ganhar, vai roubar menos”. Exemplo: o resultado das últimas eleições municipais.

Mesmo com todas essas limitações ideológicas, na democracia formal do sistema capitalista neoliberal (o que não acontece num sistema ditatorial imposto com violências, mortes e golpe de estado), temos a possiblidade de realizar um trabalho de base de conscientização e libertação: nos partidos políticos populares, nos sindicatos de trabalhadores/as, nos movimentos sociais populares e outras organizações populares, e também na Igreja, sobretudo nas Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) e nas Pastorais Sociais.

Com esse trabalho - mesmo nas contradições históricas existentes - podemos abrir caminhos novos que - a médio e longo prazo - levam à Democracia Popular (a verdadeira Democracia) e, consequentemente, ao sistema político popular.

É a nossa meta, é o nosso ideal! A luta continua para um dia chegarmos lá!

Frei Marcos Sassatelli é frade dominicano e teólogo.

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