Correio da Cidadania

Contra a construção da hidrelétrica de Mauá

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A Paróquia Nossa Senhora de Fátima no Município de Telêmaco Borba, juntamente com os Missionários Redentoristas vem mui respeitosamente colocar algumas preocupações quanto a possível construção da Usina Hidrelétrica Mauá, pois se o governador levar isto adiante, resultará num dos mais graves impactos ambientais na história do Paraná, uma vez que  destruirá  as condições necessárias para a  sobrevivência do Rio Tibagi e toda sua megabiodiversidade, além de colocar em risco a saúde pública.  Todos somos sabedores das falhas e omissões do Relatório de Impacto Ambiental, já comprovadas pelo Ministério Público Federal.

 

Serão graves e irreversíveis os impactos que a UH Mauá causará.

Diversas famílias ribeirinhas serão atingidas e também o povo Kaingang da terra Mococa, situada no Município de Ortigueira, que nem sequer foram considerados no Eia Rima (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) uma vez que não foi realizada pesquisa antropológica para averiguar corretamente os reais impactos na vida desta Comunidade Indígena.

 

Outro fato de gravíssimas proporções, são as minas de carvão, que  submersos, contaminarão a água do Rio Tibagi com chumbo e metais pesados  que provocarão doenças como o câncer.

 

Segundo a Liga Ambiental: “o carvão mineral explorado há mais de 60 anos nas margens do Tibagi é altamente perigoso para o meio ambiente e a saúde humana. Em todos os locais do Brasil onde ele foi explorado, tais como Candiota no RS e Criciúma em SC, os danos ambientais são quase irrecuperáveis, com a morte dos rios e a contaminação do solo nas áreas do entorno das minerações. Quando a água passa por áreas de mineração gera a chamada Drenagem Ácida com a formação de ácido sulfúrico e liberando metais pesados como chumbo, cádmio e manganês. Na região das minas da margem direita do Rio Tibagi as águas analisadas já mostraram de 10 a 20 vezes os níveis desses metais pesados permitidos pelo ministério da saúde e Conselho Nacional de Meio Ambiente.

 

Caso sejam inundadas, as minas funcionarão como chaminés de ácidos e metais pesados, que fluirão diretamente para dentro do lago, ameaçando  a vida de milhões de pessoas que usam as águas do Tibagi. 

 

Será um dos maiores desastres ambientais e impedirá que cidades como Londrina utilizem a água do Rio Tibagi”.

 

Portanto, solicitamos que o governador no exercício de sua função repense todo projeto da U. H. Mauá.  Apreciamos quando V. Excia.  menciona o Documento de Puebla  (3º CELAM – Conferência do Episcopado Latino Americana), em seus pronunciamentos, através do qual  a Igreja  defende a vida do nosso povo e de modo especial à vida dos empobrecidos.  Caso construam a UH Mauá, os pobres serão os mais atingidos.

 

Nossa Paróquia tem acompanhado com muita preocupação esta questão e cordialmente solicita a paralisação da construção da UH Mauá, tendo em vista os graves impactos ambientais, sociais, culturais e à saúde pública.

 

Obs. Solicitamos que todas as Paróquias, Pastorais, Movimentos da nossa Diocese de Ponta Grossa juntamente com as demais Entidades e Associações da sociedade civil enviem cartas ao Governador, Roberto Requião, solicitando a não construção da Usina Hidrelétrica Mauá, com cópias para o Ministério Público Federal e Procurador do Estado, Presidência da Assembléia Legislativa do Estado do Paraná.

 

Enviar cartas para:

 

Exmo. sr. Roberto Requião

Governador do estado do Paraná

Palácio das Araucárias

Rua Jaci Loureiro de Campos, s/n

CEP 80530-140 CURITIBA-PR

 

Presidência da Assembléia Legislativa do estado do Paraná

Praça Nossa Senhora Salete s/n, Curitiba - PR
CEP 80530-911 CURITIBA-PR

 

VAMOS DEFENDER O RIO TIBAGI AGORA, PORQUE, SE DEIXARMOS PARA MAIS TARDE, SERÁ TARDE DEMAIS.

 

Fonte: Missionários Redentoristas

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