Minstério Público Federal tenta censurar governador Roberto Requião
- Detalhes
- Beto Almeida
- 13/12/2007
O governador Requião está sendo vítima de uma ação de censura movida pelo Ministério Público Federal em razão de um programa televiso chamado "Escola de Governo", no qual presta contas à população, discute projetos em andamento, promove o debate de temas candentes da realidade nacional tal como transgênicos, ferrovias, infra-estrutura portuária, ecologia, privilégio dos bancos, reforma agrária, agricultura familiar, desnacionalização da economia, integração latino-americana e tantos outros.
Pelo Escola de Governo já passaram personalidades nacionais como Márcio Pochmann, Carlos Lessa, Emir Sader, Dom Mauro Morelli, Dom Tomás Balduíno, Dom Pedro Casaldaliga, Brigadeiro Ferola, Marina Silva, Temporão, Bautista Vidal, Adriano Benayon, Leonardo Boff, Chico de Oliveira, Plínio de Arruda Sampaio, entre outros, além de pessoas ligadas à sociedade paranaense onde têm oportunidade para expor suas idéias, seus projetos, além de obterem do governo estadual um posicionamento a respeito. Claro que grande parte destas personalidades não têm qualquer espaço na mídia privada, em razão de questionamentos francos que fazem de várias políticas, o que incomoda os privilégios dos anunciantes desta mídia.
O Ministério Público, também alvo de denúncias em razão de salários exorbitantes e de sua omissão diante de questões relevantes para o povo do Paraná, também tem sido objeto de questionamentos. Claro, nenhuma surpresa, já que cumprindo suas funções constitucionais uma televisão pública deve mesmo refletir o debate existente na sociedade, raramente presente na tv privada, dada sintonia de sua linha editorial com o interesse de seus anunciantes.
A surpresa é exatamente a posição do Ministério Público: pediu censura! Ao invés de zelar pelo cumprimento da Constituição que proíbe a censura e indica que a comunicação social deve servir de fonte educativa, informativa e cultural ao povo, inclusive prestando contas dos atos de governo. O MP quer proíbir que o governador Requião e a TVE veiculem críticas à mídia privada, exatamente aquela que tanto critíca os que se insurgem contra os privilégios do setor financeiro e dos que sustentam os princípios do neoliberalismo.
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