Correio da Cidadania

MST realiza ocupações e exige Reforma Agrária no RS

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O MST deu início no dia 11 a uma série de ocupações no Rio Grande do Sul. As mobilizações fazem parte de uma jornada nacional de luta por Reforma Agrária. Cerca de 2 mil trabalhadores ocupam três latifúndios no Rio Grande do Sul e realizam uma marcha em São Gabriel.

Em Coqueiros do Sul, o MST voltou a ocupar a Fazenda Guerra, latifúndio de nove mil hectares. Desta vez, foi ocupada a sede da fazenda. Cerca de 700 trabalhadores participam da ocupação. O MST também está no município de Pedro Osório, ocupando uma fazenda de mais de 2 mil hectares. A Estância Pantano pertence à família Eichenique Lopes, que possui mais de nove mil hectares só em Pedro Osório. Participam cerca de 400 trabalhadores sem terra.

Na região metropolitana de Porto Alegre, cerca de 700 pessoas ocupam uma fazenda em Nova Santa Rita, às margens da BR 386. Conhecida como Granja Nenê, a área de 1,5 mil hectares é toda a arrendada. Em São Gabriel, cerca de 350 pessoas marcham até o centro da cidade, para defender a desapropriação da Fazenda Southall, uma área de 13 mil hectares com vários crimes ambientais verificados.

Reivindicações

No Rio Grande do Sul, a principal reivindicação do MST é o assentamento imediato das 2.500 famílias Sem Terra que vivem em acampamentos de beira de estrada. Pra isso, o Movimento cobra as desapropriações das fazendas Southall e Guerra.

No final de março, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) divulgou o laudo de vistoria realizada na Fazenda Southall. O Incra verificou a prática de uma série de crimes ambientais, como a destruição de 75% da Área de Proteção Permanente da fazenda. O fazendeiro já havia sido notificado sobre isso em 2001, mas não tomou nenhuma providência.

Já a Fazenda Guerra possui nove mil hectares e sua desapropriação é uma reivindicação de toda a região Norte do Estado. No ano passado, 22 prefeitos da região assinaram um documento pedindo a transformação do latifúndio em um assentamento da Reforma Agrária. Juntas, as fazendas Southall e Guerra podem ser destinadas para mais de mil famílias de trabalhadores rurais, o que pode gerar, pelo menos, cinco mil empregos diretos.

O MST pressiona o Governo Federal para acelerar o processo de assentamentos no Rio Grande do Sul. Nos quatro anos do Governo Lula, apenas 744 famílias foram assentadas no Estado.

O MST também cobra uma política de Reforma Agrária do Governo do Estado, que fechou o gabinete da Reforma Agrária, mesmo que o Estado tenha mais de 30 projetos de assentamento criados.

 

 

Fonte: MST

http://www.mst.org.br/mst/pagina.php?cd=3231

 

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