Apoio à greve dos garis do Rio de Janeiro
- Detalhes
- Nota pública
- 24/04/2019
Os trabalhadores da COMLURB (Companhia de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro) decidiram em assembleia iniciar greve a partir da 0h de segunda feira (22/04), exercendo seu legítimo direito de livre manifestação. Com esse texto manifestamos nosso apoio a esse movimento e apelamos para a negociação e o atendimento das reivindicações dos grevistas.
Os garis são importantes
Nas enchentes que atingiram o Rio, o mundo todo viu os garis arriscando a sua própria vida, trabalhando em condições adversas, muitas vezes sem os Equipamentos de Proteção Individual adequados. Faça chuva ou faça sol, os trabalhadores e trabalhadoras da COMLURB mantêm a cidade limpa. Fazem a limpeza das escolas e ajudam a fazer as refeições de milhares de crianças nas escolas municipais. Mesmo sendo muito importantes para a cidade os garis não recebem a devida valorização.
A prefeitura de Crivella desrespeita a categoria
O prefeito Crivella ignora inúmeros direitos dessa categoria:
- não pagou para maioria da categoria o Acordo de Resultados depois de termos alcançados as metas estabelecidas;
- não cumpriu com a implementação integral do Plano de Carreira cuja atualização havia sido prometida desde a greve de 2014;
- não garantiu o pagamento da insalubridade para os setores que trabalham em ambiente prejudicial à saúde;
- não garantiu a gratificação de coleta a todos os que trabalham na remoção do lixo domiciliar.
Arrocho para a COMLURB
A prefeitura anunciou o reajuste de todas as empresas públicas do município. A proposta da prefeitura é que a categoria receba 3,73%, enquanto outras vão receber de 6% a 12%. A reivindicação da categoria é de um reajuste de 10% no salário e no ticket alimentação. Isso representa um impacto de apenas 2% no orçamento da COMLURB.
A prefeitura se nega a apresentar uma proposta justa enquanto cria novas secretarias e paga dívidas duvidosas da gestão anterior. Ao invés de melhorar o serviço público, o prefeito cuida apenas de sua própria salvação, tentando abafar CPIs e se livrar do impeachment.
Esses ataques são fruto de uma lógica nacional de retirada de direitos, arrocho salarial e privatizações, que vem sendo apresentada por Bolsonaro e o seu ministro Paulo Guedes.
A prefeitura e a COMLURB precisam negociar e atender as reivindicações
Durante mais de dois meses tentamos negociar. Apelando a inúmeras instâncias para que uma negociação efetiva fosse encaminhada com a categoria (Ministério Público do Trabalho, câmara de vereadores etc.), mas a prefeitura e a diretoria da COMLURB se mantiveram intransigentes. Por isso a categoria votou greve.
Apelamos a que o prefeito e a direção da COMLURB mudem de postura e negociem, atendendo as reivindicações da categoria. Convidamos toda a sociedade a abraçar e cercar de solidariedade essa justa greve.
Já assinam:
1- SINTUFF (Sindicato dos Trabalhadores da UFF)
2- SINTECT-RJ (Sindicato da Empresa de Correio e Telégrafos do Rio de Janeiro)
3- vereador Babá (PSOL-RJ)
4- Plínio de Arruda Sampaio Jr, professor UNICAMP
5- Nildo Ouriques, Professor UFCS
6- Alternativa Socialista Nova Práxis
7- Sindicato dos Químicos de SJC
8- vereador Renato Cinco
9- deputado Flávio Serafini
10- Subverta
11- deputada Federal Taliria Petrone
12- Robério Paulino
13- Salomão Gurgel
14- Modesto Neto
15- deputado federal David Miranda
16- vereador Paulo Pinheiro
17- juventude Vamos à luta
18- deputado Eliomar Coelho
19- deputado Federal Glauber Braga
20- vereador Tarcisio Mota
21- Sindpetro RJ
22- FNP (Federação Nacional dos Petroleiros)
23- Intersindical - Central da Classe Trabalhadora
24- WebRadioCensuraLivre
25- deputada federal Fernanda Melchionna
26- deputada federal Sâmia Bonfim
27- Executiva Estadual do Psol Rj
28- Rosi Messias, Diretório Nacional do PSOL
29- Combate - Classista e pela Base
30- CSP- Conlutas
31- PSTU
32- Fundação Lauro Campos e Marielle Franco
33- vereador Dr. Marcos Paulo
34- Coletivo Casa Comum - Campos Dos Goytacazes
35- Comissão Pastoral da Terra
36- Noêmia Magalhães- atingida pelo Porto do Açu em São João da Barra, Campos dos Goytacazes.
37- Liliana Maiques (militante feminista)
38- Marco Antonio Perruso (professor da UFRRJ)
39- PCB
40- Unidade Classista (Corrente Sindical)
41- Comuna
42- João Machado. Economista, professor PUC-SP
43- Francisvaldo Mendes, presidente da Fundação Lauro Campos e Marielle Franco
44- CTB – Rio de Janeiro
45- Resistência Popular Estudantil RJ
46- SINTSEP-PA
47- Vera Jacob, professora da UFPA
48- Deise Mancebo, professora da UERJ
49- Janete Luzia, professora da UFRJ
50- Jose de Souza, professor da UFRRJ
51- Luis Mauro Magalhaes – Presidente da Associação de Docentes da UFRRJ
52- Bancada de vereadores do PSOL Carioca
53- Vereador Brizola Neto
54- Executiva Nacional do PSOL
55- Deputada Renata Souza
56- CA de Administração Pública da UFF VR
57- DA Cesar Lattes da UFF VR