Correio da Cidadania

Oposição e Comissão de Reparação reagem à extradição de paramilitares

0
0
0
s2sdefault

 

Às Entidades Sindicais dos Servidores Públicos do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas Federal, Estadual e Municipal; à CUT e sindicatos filiados do setor público e privados.

 

Sob o argumento de que ex-paramilitares não estariam cumprindo devidamente a leis de Justiça e Paz, as quais foram submetidas, o presidente Álvaro Uribe extraditou para os Estados Unidos três líderes que já estiveram à frente de grupos paramiliatares. Mas, segundo a oposição colombiana, o objetivo real do presidente é atrapalhar as investigações sobre as relações dos ex-paramilitares com políticos próximos ao governo.

 

Atualmente, 63 congressistas - quase todos aliados de Uribe - estão sendo investigados por relações com os paramilitares, que são responsáveis por inúmeros crimes contra os direitos humanos, como massacres de indígenas e camponeses. Desses congressistas, 32, incluindo Mario Uribe, primo do presidente, estão em prisão preventiva.

 

Para a Comissão Nacional de Reparação e Reconciliação (CNRR), os direitos das vítimas à verdade e à reparação não podem ser sacrificados com a extradição dos ex-chefes paramilitares. Além disso, a extradição não pode afetar o fortalecimento do aparato judicial colombiano.

 

Em carta, a Comissão expressa que "a massiva extradição dos principais chefes paramilitares tem gerado um profundo desconcerto entre vítimas e associações de vítimas, pois para estes setores sociais a extradição vai em detrimento de seus direitos e, antes de tudo, à verdade e à reparação, pois argumentam que uma vez extraditados, os chefes paramilitares não terão os incentivos para confessar a verdade, nem para entregar bens".

 

A CNRR propõe, na procura por garantir às vítimas seus direitos, duas estratégias. A primeira é a assinatura de um acordo de cooperação entre o Departamento de Justiça dos Estados Unidos e a Procuradoria Geral da Nação da Colômbia, para que os direitos das vítimas ocupem um lugar central na agenda judicial.

 

Já a segunda, propõe um outro acordo: de cooperação judicial, para que as vítimas possam apresentar suas demandas civis e militares contra os chefes paramilitares extraditados e, com isso, garantir a plenitude de seus direitos. Em nota, a reafirmou sua lealdade e compromisso com o mandato de ser um fiel interprete dos direitos, necessidades e demandas das vítimas.

 

Fonte: http://www.adital.com.br/

0
0
0
s2sdefault