Correio da Cidadania

Pela readmissão dos demitidos

0
0
0
s2sdefault

 

 

A reunião realizada na tarde desta terça-feira (24) no Sindicato dos Metroviários de São Paulo decidiu iniciar uma campanha pela imediata reintegração dos cinco dirigentes da entidade demitidos em retaliação do Metrô/SP. A empresa tentou ao longo de toda esta terça-feira deslegitimar o movimento e transformá-lo numa ação isolada do sindicato.

 

No entanto, como não bastasse a própria adesão da categoria ao atraso de duas horas no início das operações – cuja repercussão foi confirmada por toda a imprensa paulista –, todas as centrais sindicais que convocaram a mobilização de ontem assumiram o ato como parte da campanha nacional contra a emenda 3 da Super-Receita. A campanha pela reintegração dos demitidos também foi assumida no dia de hoje pela Conlutas, Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), Social Democracia Sindical (SDS), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central Autônoma dos Trabalhadores (CAT) e a Intersindical. A partir desta quarta-feira, será divulgada uma nota conjunta das centrais.

 

A campanha terá como marco os atos de 1º de Maio próximo. Em São Paulo, haverá três atos – o da CUT, o da Força e o do movimento em defesa do 1º de Maio classista, sem governos e patrões. Nas três manifestações, os dirigentes metroviários estão convidados a falar e esclarecer ao conjunto da população os reais motivos da ofensiva promovida pelo Metrô contra os trabalhadores.

 

O Metrô confirmou as demissões por justa causa de Ronaldo Campos de Oliveira “Pezão” e Ciro Moraes dos Santos. Em relação a Alex Adriano Alcazar Fernandes e Pedro Augustinelli Filho, a quem a empresa chegou a comunicar formalmente a demissão também por justa causa pela intranet, houve a transformação da medida para afastamento com fins de apuração de falta grave em razão da estabilidade sindical. O vice-presidente do sindicato, Paulo Roberto Veneziani Pasin, também está afastado do trabalho para apuração de falta grave. Essa formalidade jurídica, no entanto, também configura na prática demissão, porque os trabalhadores ficam impedidos de ter acesso ao local de trabalho, não recebem salário e nem benefícios.

 

,“O governo Serra faz tudo isso na verdade porque foi derrotado. Ele está forjando esse monte de versões, tentando dizer que a categoria não aderiu, que somos vândalos, tudo porque eles montaram um esquema de guerra para tentar impedir o ato e não conseguiram”, ressalta Pasin.

 

A manifestação dos metroviários realizada neste dia 23, que resultou nas demissões, era parte das mobilizações contra a derrubada do veto à emenda 3 da Super-Receita, que proíbe os fiscais do trabalho de autuarem empresas que contratam funcionários como pessoas jurídicas para burlar o pagamento de direitos trabalhistas.

 

Nesta quarta-feira (25 de abril), a categoria realiza assembléia, às 18h30, para organizar a luta pelas reintegrações e os próximos passos da mobilização. A categoria poderá deflagrar uma greve para reverter as demissões. A assembléia acontecerá na sede do sindicato (Rua Serra do Japi, 31 – Tatuapé) e todas as manifestações de solidariedade são bem-vindas.

 

Fonte: Luciana Araujo

 

0
0
0
s2sdefault