Correio da Cidadania

Povos mesoamericanos encerram Fórum reafirmando sua resistência

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Em declaração final do VII Fórum Mesoamericano dos Povos, que ocorreu entre 14 e 16 de julho, em Manágua, Nicarágua, os participantes reafirmaram a importância do evento para continuar a construção do pensamento e articulação de ações coletivas. "O Fórum Mesoamericano dos povos, desde sua primeira convocatória no início do século XXI, tem percorrido um longo caminho, construindo e articulando as lutas e resistência contra as diferentes expressões do neoliberalismo", assinalaram.

 

Segundo a declaração, nesses anos, observaram-se claramente duas tendências convergentes. A primeira diz respeito ao aumento da ofensiva do grande capital em apropriar-se de todos os recursos estratégicos que os povos da região possuem. Citam como exemplos os Tratados de Livre Comércio e os Acordos de Associação, promovidos pelos Estados Unidos e pela União Européia.

 

A segunda relaciona-se ao crescente movimento de resistência popular diante de um modelo espoliador, excludente, concentrador de riqueza e poder, movimento ao qual se somaram novos setores com reivindicações específicas que se agregam às históricas demandas por terra, trabalho, dignidade, respeito à vida e aos direitos humanos, que as organizações têm levantado em sua luta por outro mundo possível.

 

"Assim, neste VII Fórum Mesoamericano dos Povos, reafirmando o caráter anticapitalista, antiimperialista e antipatriarcal de nosso processo, declaramos que: nossa posição política emana de nossa diversidade e nossa resistência, diante de um modelo que desumaniza e mercantiliza a vida, a dignidade e a justiça, hierarquizando as relações econômicas e sociais e subordinando as demandas e necessidades da grande maioria da população aos interesses de uma minoria, o que favorece o grande capital nacional e transnacional", destacaram.

 

Publicado originalmente em Adital.

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