Correio da Cidadania

Julgamento contra oito repressores argentinos é retomado

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Um tribunal da província argentina de Neuquén retomou nesta segunda (20) o julgamento contra oito repressores acusados de violações aos direitos humanos durante a última ditadura argentina (1976-83).

 

Fontes judiciais confirmaram que a audiência começará com declarações de ex-membros de forças de segurança e do Exército que prestaram serviços durante 1976 e 1977, em coincidência com o funcionamento do centro clandestino de detenção conhecido como La Escuelita.

Uma fonte judicial informou à agência Télam que deve-se ficar atento ao depoimento de José Luis Cáceres, ex-agente do serviço de inteligência da polícia da província Rio Negro, porque pode ser citado em qualquer momento e sem prévio aviso.

 

Este processo começou em 18 de agosto último e entre os depoimentos se destacou o de Noemí Labrune, dirigente da Assembléia pelos Direitos Humanos desse distrito e autora do livro ‘Procurados’, baseado numa investigação que realizou junto ao bispo Jaime De Nevares.

 

A recopilação descreve de que forma atuaram grupos responsáveis de muitas violações e de que forma estava organizada a repressão militar no que se denominou a sub-zona 5.2, dependente do V Corpo de Exército, com sede em Bahia Blanca (Província de Buenos Aires). Tais causas foram iniciadas em 1984 pelo então juiz federal Rodolfo Rivarola.

 

Figuram como acusados no julgamento o general aposentado Enrique Braulio Olea, ex-chefe do batalhão militar da província, onde funcionou La Escuelita, e o ex-chefe de inteligência desse esquadrão, Mario Alberto Gómez.

 

Os outros acusados são o ex-chefe de Inteligência do Comando da VI Brigada, ex-coronel Oscar Reinhold, o médico militar Hilarion de la Pas Sosa e o ex-chefe de pessoal do comando, Luis Alberto Farías.

Igualmente, são inculpados os ex-oficiais de inteligência Jorge Eduardo Molina e Sergio Adolfo San Martín, bem como o ex-suboficial Francisco Julio Oviedo.

 

Organismos humanitários informaram que foram 30 mil os executados pelo chamado Processo de Reorganização Nacional durante o regime militar.

 

Fonte: Pátria Latina.

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