Correio da Cidadania

Anistia Internacional pede que Brasil demarque terras indígenas no MS

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Na cidade de Rio Brilhante (MS), 36 famílias Kaiowá Guarani vivem na aldeia Laranjeira Nhanderu na iminência de um despejo. O Tribunal Regional Federal da 3ª Região decidiu que os indígenas devem sair da área onde estão há mais de dois anos. Nenhuma solução foi apresentada para o povo Guarani pelos órgãos responsáveis pela defesa dos direitos indígenas. Diante disto, a Anistia Internacional, que defende os direitos humanos, iniciou uma campanha contra o despejo.

O integrante do Centro Indigenista Missionário (Cimi), Flávio Machado, disse que o projeto de expansão agrícola do governo privilegia o agronegócio na região, interferindo na situação dos indígenas.

"O processo de expansão promovido pelo governo nessa região colocou os Kaiowá Guarani em uma situação de exclusão e sem direitos, incluindo o direito primordial de acesso à terra, confinando a população em pequenas áreas. Esse processo está gerando violência, tanto que 70% da violência registrada entre os povos indígenas do Brasil aconteceram entre esta etnia."

O apoio internacional à causa dos índios Kaiowá Guarani, através da Anistia Internacional, pede que o Estado brasileiro suspenda o despejo e trabalhe pela demarcação da terra dos indígenas. Movimentos sociais de Mato Grosso do Sul planejam fazer uma caravana de solidariedade às 36 famílias de Laranjeira Nhanderu. A caravana ainda não tem data para acontecer.

Ana Maria Amor, da Radioagência NP.

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