Na Guiné, 157 morrem durante repressão de junta militar
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- Andrea
- 30/09/2009
A Organização Guineana de Defesa dos Direitos Humanos denunciou, nesta terça-feira (29), a morte de pelo menos 157 pessoas durante um protesto na capital da Guiné, Conacri. Além disso, mais de 1,2 mil teriam ficado feridas. A manifestação, organizada pela oposição contra a junta militar que governa o país, foi duramente reprimida. As forças de segurança lançaram bombas de gás lacrimogêneo e dispararam contra os manifestantes.
No entanto, as agências internacionais informam que ainda existem divergências quanto aos dados. As emissoras regionais e a Cruz Vermelha local disseram que o número seria de 87 mortos.
Também, o partido da oposição União de Forças Republicanas (UFR) afirmou que várias mulheres foram estupradas perto do estádio onde a multidão havia se reunido.
A junta militar que governa o país tinha proibido a manifestação até a festa da independência, no próximo dia dois de outubro. Mas milhares se reuniram no estádio de Conacri para se opor à eventual candidatura do chefe da junta militar, o capitão Moussa Dadis Camara, para a eleição presidencial no dia 31 de janeiro.
A junta chegou ao poder em um golpe de Estado em dezembro de 2008, poucas horas depois da morte do presidente Lansana Conte, que estava no poder da Guiné há 24 anos.
Desirèe Luíse, Radioagência NP.