Correio da Cidadania

Hospital do Servidor Público: privatização?

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Quase duas semanas após a promessa feita pelo superintendente do Instituto de Assistência Médica do Hospital ao Servidor Público Estadual (Iamspe), José Carlos Ramos de Oliveira, de que a portaria publicada em três de maio, que exonerou 165 chefes de serviço do Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) com o objetivo de “fazer economia”, seria revista, a situação dos médicos continua a mesma, segundo informou Otelo Chino Junior, diretor do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

 

Ramos de Oliveira fez a promessa no último dia 16, durante almoço na sede da Associação Paulista de Medicina (APM) com os presidentes do Simesp, Cid Carvalhaes, do CRM, Desiré Callegari, da APM, Jorge Curi, da Amiamspe, Otelo Chino Júnior, e o diretor-técnico do HSPE, Davi Braga Júnior, além de vários médicos do Iamspe. Na ocasião, o superintendente do Iamspe admitiu que o corte não trouxe a economia desejada.

 

Otelo Chino, que também é presidente da Associação Médica do Iamspe, acredita que está havendo uma manobra por parte do governo. “Todos sabem que a economia foi zero. Essa absurda decisão trouxe grave conseqüência e falta de comando nos 43 diferentes serviços médicos oferecidos pelo hospital”.

 

A pretensão de terceirizar 60% dos serviços de laboratório, também sob a justificativa de “fazer economia”, foi debatida. Otelo Chino contesta: “Temos equipamentos de ponta, suficientes para todos os exames exigidos. Somos contra a terceirização, pois nada trará de benefício para o hospital. Nutrição, segurança e limpeza, já terceirizados, não estão melhores, e os funcionários antigos foram jogados para terceiro plano. Encarregados da nutrição acabaram despejados em uma salinha pequena, ao lado de latas de lixo. E há problemas sérios em relação à segurança, com escalas não cumpridas”.

 

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