Correio da Cidadania

PSOL reafirma oposição ao governo Lula

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Reafirmado o socialismo como alternativa para o fim da miséria. Esse foi o principal resultado das discussões no 1º. Congresso do PSOL, realizado entre os dias 7 e 10 de junho no Rio de Janeiro. Também a oposição de esquerda ao programa político-econômico do governo Lula foi afirmada. O Partido ainda se posicionou frente a assuntos importantes como aborto, diversidade sexual, política internacional, comunicações, entre outros. Participaram do congresso mais de mil pessoas, entre delegados, militantes e observadores.

 

Eleito para provocar mudanças o governo Lula foi incapaz de criar condições para o fim da miséria e exploração do povo brasileiro. Reformas que beneficiam o sistema capitalista, medidas que escondem a miséria e impõe humilhação ao mais pobres não se configuram em solução que avancem na igualdade social. Por isso, a oposição a Lula.

 

É fato que o sistema financeiro e industrial brasileiro continuam em crescimento acelerado, enquanto os trabalhadores continuam com salários em declínio. Isto já é o suficiente para estabelecer a opção de Lula pelos mais ricos. Mas também há falta de vontade política para solucionar questões ligadas a temas como educação, habitação, saúde, transportes públicos, meio ambiente etc., todos estes temas que atingem principalmente o mais pobres.

 

A América Latina, em sua maioria, contesta a exploração norte-americana enquanto o Brasil está na contramão da história. Com território e população continentais, o Brasil deveria ser vanguarda na defesa de seu povo. No entanto, o governo Lula prefere uma política interna e externa em favor do capitalismo norte-americano.

 

A posição do PSOL se consolida em favor de governos que enfrentam a exploração em favor de seus povos. Para tanto, aponta como afirmativas as políticas de nacionalização de recursos naturais (como petróleo na Venezuela), soberania sobre as concessões de comunicação (RCTV Venezuela), política de distribuição de riqueza e resistência (Cuba), nacionalização do gás (Bolívia), além de políticas pró-reforma agrária em vários países.

 

A legalização do aborto também recebeu apoio partidário. O tema que é visto como menos importante pela maioria dos partidos políticos, é símbolo da importância dada pelo PSOL à participação da mulher em todos os setores e poder de decisão sobre seu corpo. O tema não é avaliado pelo partido do ponto de vista moral, mas como um problema essencialmente de saúde pública: as complicações em aborto representam o quarto motivo de morte entre as mulheres.

 

Apoio: às mulheres, às questões de diversidade sexual, ao direito das pessoas com deficiência,  às políticas de igualdade racial, à valorização e preservação dos povos e cultura indígena, aos movimentos em favor da reforma agrária, foram lutas aprovadas pelos militantes do PSOL.

 

Sobre o trabalhador, foi pontuada a positiva atuação do partido nas manifestações dos dias 1o e 23 de Maio. Colocou-se a oposição às posições da CUT que incorpora o governo Lula. Também foi formalizado o apoio à Conlutas e Intersindical como representações legítimas das causas dos trabalhadores frente aos patrões e seus aliados no governo Lula e marcada uma conferência sindical do PSOL para o segundo semestre que deverá unificar a pauta de lutas.

 

Estando no Rio de Janeiro, o tema violência não poderia ser esquecido. No entanto, o enfoque do PSOL não está na política de repressão, mas nas causas da violência. O partido entende que a violência é conseqüência de políticas de exclusão que só podem criar uma estrutura social de marginalização dos pobres, por isso tirou posição contrária à redução da maioridade penal. Nada justifica a violência causada contra um ser humano, seja ela física, seja de exploração de um conjunto da sociedade.

 

Por fim, o partido afirmou que estará apoiando e participando da organização popular pela superação do capitalismo e de todas as suas formas de exploração. Afirmou também a opção pelos mais pobres e construção do socialismo em oposição ao governo Lula que optou pelos mais ricos. Socialismo e liberdade é afirmação pela preservação da vida!

 

 

 

 

Marcela Moreira e Paulo Búfalo são da bancada legislativa do PSOL em Campinas.

 

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