Correio da Cidadania

Suez diz não ter compromisso com famílias e atingidos ocupam hidrelétrica

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Usina Hidrelétrica de Cana Brava é a primeira grande barragem construída integralmente por uma empresa privada. MAB pede indenização e reassentamento de 500 famílias atingidas pela barragem.

 

Cerca de 400 famílias atingidas por barragens ocupam, desde domingo (11), o portão de entrada da Usina Hidrelétrica de Cana Brava, em Goiás. As famílias cobram da empresa francesa Suez-Tractebel, concessionária da usina, o pagamento do passivo aos atingidos pela obra.

 

No dia 7, a empresa afirmou que não tem mais nenhum compromisso na região, depois de ser pressionada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). A organização pede indenização e reassentamento de 500 famílias atingidas pela barragem “que tiveram seus direitos negados há mais de 10 anos”.

 

A Usina Hidrelétrica de Cana Brava é a primeira grande barragem construída integralmente por uma empresa privada. Ela está localizada na bacia do rio Tocantins, entre os municípios de Minaçu e Cavalcante, a aproximadamente 250 quilômetros de Brasília.

 

As obras foram finalizadas em dezembro de 2001. Segundo o MAB, centenas de atingidos ainda não receberam nenhuma compensação da empresa construtora e ainda tiveram dezenas de outros direitos violados.

 

Para evitar a repetição de violações como esta, o MAB defende a criação da Política Nacional de Direitos das Populações Atingidas por Barragens (PNAB). A proposta já foi entregue à Secretaria Geral da Presidência da República.

 

 

Por Jorge Américo, da Radioagência NP.

 

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