Deputados se reúnem com embaixador russo
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- 16/09/2013
Deputados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN) se reúnem com o embaixador russo no Brasil, Sergey Akopov, na próxima terça-feira, dia 17. O deputado Ivan Valente, líder do PSOL na Câmara, ressalta que o encontro será para tratar da missão oficial de parlamentares à Rússia, que objetiva conversar com Edward Snowden, asilado naquele país.
A audiência, que ainda não tem horário definido, foi solicitada pelo presidente da CREDN, deputado Nelson Pellegrino (PT/BA). Mas a iniciativa partiu do deputado Ivan Valente, que apresentou à Comissão de Relações Exteriores requerimento para que fosse constituída uma missão oficial para ir até Moscou conversar com o Snowden. O requerimento foi aprovado por unanimidade em sessão desta quarta-feira (11).
Para o presidente do PSOL, as últimas informações divulgadas pela imprensa sobre a espionagem norte-americana no Brasil, que atingiu, entre outros, a Presidência da República e a Petrobras, é um problema de soberania nacional, no qual o Congresso Nacional deve agir.
O objetivo, segundo Ivan Valente, é obter mais informações sobre esse esquema, já que a cada dia novas informações vêm a público. “A sequência de informações a conta-gotas é um problema de soberania nacional. Primeiro foram cidadãos brasileiros os espionados. Depois empresas, a presidente da República, ministros e agora a Petrobras”, disse Ivan Valente. “É muito mais que agir (o governo norte-americano) contra o terrorismo. Com a Petrobras são interesses econômicos, industriais e comerciais que estão em jogo”.
Comissão da Câmara aprova requerimento de Ivan Valente
A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou na sessão desta quarta-feira (11) a formação de um grupo de parlamentares para visitar o ex-analista da CIA, Edward Snowden, em Moscou. A iniciativa foi do deputado Ivan Valente (SP), líder do PSOL na Câmara, cujo requerimento foi aprovado por unanimidade.
Para o deputado, o Congresso Nacional tem autonomia para agir sobre a questão e uma missão oficial de parlamentares concede a posição de protagonistas aos membros da Comissão de Relações Exteriores. “Uma delegação do parlamento brasileiro pode incidir sobre os fatos. Claro, sem interferir na autonomia do governo russo. Mas os fatos interessam não só ao Brasil, que é a vítima atual, mas com certeza a vários países do mundo”.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores, Nelson Pelegrino, lembrou que a CPI da Espionagem do Senado também já sinalizou nesse sentido, de constituir missão oficial, mas ainda nada foi aprovado.