Correio da Cidadania

Atingidos por barragens e operários da usina de Garibaldi protestam por direitos

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Agricultores de cinco municípios mantêm um acampamento próximo ao canteiro de obras desde junho do último ano. Já os operários atearam fogo nos alojamentos no início de março em protesto aos baixos salários e condições precárias de trabalho.

 

A construção da usina hidrelétrica de Garibaldi, no interior de Santa Catarina, está gerando protestos de atingidos por barragens e operários. Agricultores de cinco municípios mantêm um acampamento próximo ao canteiro de obras desde junho do último ano. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) estima que mais de 1 mil famílias serão afetadas pela usina. Já os operários atearam fogo nos alojamentos no início de março em protesto aos baixos salários e condições precárias de trabalho.

 

Nesta quinta-feira (22), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) envia sua comissão de direitos humanos para analisar os casos locais. E na sexta-feira (23), haverá uma reunião de negociação entre os atingidos, o governo federal e a construtora.

 

Os atingidos por barragens mantêm o acampamento para pressionar por um acordo que assegure o direito de reassentamento aos agricultores impactados, garantindo a produção agrícola de alimentos como forma de geração de renda, entre outros pontos.

 

A usina de Garibaldi, no rio Canoas, entre as cidades de Abdon Batista e Cerro Negro, foi concedida para a empresa Triunfo em 2010. Sua construção custará R$ 780 milhões e irá alagar mais de 1,8 mil hectares de terras. A concessão para explorar a produção de energia é de 30 anos. A previsão de lucros é de R$ 10 milhões por ano.

 

Por Vivian Fernandes, da Radioagência NP.

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