Correio da Cidadania

CUT faz plebiscito pelo fim do imposto sindical

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Bandeira histórica do movimento sindical pós-1978, aquele que pregava a liberdade de organização para os trabalhadores, a CUT iniciou, no dia 26 de março, campanha pelo fim do imposto sindical. Trata-se de uma consulta em que os trabalhadores poderão se pronunciar pela ratificação da Convenção 87 da OIT (Organização Internacional do Trabalho).



A proposta da CUT é que os sindicatos filiados organizem a consulta, que se estenderá até 30 de abril, em locais de grande concentração de trabalhadores como nas fábricas e empresas, shoppings, praças, metrôs, rodoviárias, dentre outros. A Central sindical disponibiliza aos sindicatos filiados “Kit” contendo os materiais de divulgação e cédulas de votação.



A campanha foi lançada pelo presidente da CUT, Artur Henrique, no dia 26 de março, em Campinas (SP), em assembleia dos trabalhadores da Elektro. O imposto é descontado compulsoriamente, uma vez por ano, em março, do salário dos empregados com carteira assinada. Por ser compulsório, ajuda a manter sindicatos “fantasmas” e “pelegos”, sem vínculo com suas categorias e sem representatividade real.



Segundo o Ministério do Trabalho, em 2011 foi recolhido R$ 1,6 bilhão dos trabalhadores com o imposto. Pouco mais de R$ 115 milhões foram repassados às centrais. O resto é dividido entre sindicatos, federações e confederações e o Ministério do Trabalho. A proposta da CUT é trocar o imposto por uma contribuição voluntária, com valor votado em assembleia.



Atualmente, dentre as centrais regulamentadas pelo governo a CUT é a única que coloca o fim do imposto sindical entre seus princípios. A Central surgiu criticando o atrelamento da organização do trabalho ao governo. Mas fez várias concessões no processo de negociação da reforma sindical, com outras organizações de trabalhadores. Além disso, a proposta encontra resistência mesmo entre sindicatos cutistas.



Já a Intersindical e a CSP-Conlutas se mantiveram fora das negociações oficiais durante as reformas sindical e trabalhista no governo Lula e também são contrárias à obrigatoriedade do imposto sindical.

 

Fonte: Agência Petroleira de Notícias.

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