Correio da Cidadania

O debate dos presidenciáveis, o marasmo e uma dica para a esquerda

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Mesmo para aqueles já cientes e acostumados ao marasmo que tomou conta da cena política nacional, o primeiro debate entre os candidatos à presidência, promovido pela Rede Bandeirantes de Televisão, na noite do dia 5 de agosto, surpreendeu. Vem de longínqua data a desertificação de idéias e a homogeneização do pensamento político, bem como a apatia da população e dos movimentos sociais no que diz respeito ao exercício de sua cidadania e de seus direitos. Não parecia que um debate presidencial a mais ou a menos poderia suscitar um sentimento de ainda maior descrença na possibilidade de transformação de nosso país.

 

Os contendores de 5 de agosto conseguiram, de todo modo, reforçar a impressão de que se pode avançar mais na degringolada da qualidade dos debates. E se as discussões que protagonizaram forem tomadas como termômetro da atuação desses que se propõem a dirigir o país, só poderá restar muita desesperança aos brasileiros.

 

Dilma e Serra, como era de se esperar, polarizaram as discussões. Uma polarização, no entanto, absurdamente rasa e inócua. Os espectadores televisivos e os presentes no estúdio da Band depararam-se, no que se refere a estes líderes nas pesquisas, além de maiores representantes do status quo, com uma mistura de superficialidade, despreparo, confusão e mistificação. Problemas e desvios todos estes triviais nesse tipo de confronto, mas talvez percebidos como mais proeminentes no debate em questão. Afinal, após muitos anos, este é o primeiro confronto em que está ausente o presidente Lula, cuja popularidade conseguiu fazer como líder primeira nas pesquisas justamente a candidata que consegue reunir todos os ingredientes da mistura supracitada.

 

Marina não ficou pra trás na superficialidade dessa batalha. Para aqueles que porventura nutriam ainda alguma esperança quanto a uma possibilidade alternativa vinda do Partido Verde – conforme Editorial Marina: uma nesga de céu azul deste próprio Correio à época do lançamento da candidatura de Marina -, parece que precisam vislumbrar novos rumos. Não existe alternativa que possa ser minimamente oferecida a partir de uma risível insistência em permanecer no ‘caminho do meio’, em eterna busca pela conciliação e com a utilização de conceitos anódinos, a la ‘Terceira Via’. Para aqueles que, ademais, se mantêm mais visceralmente ligados às causas dos movimentos sociais, é inconcebível a posição titubeante e ambígua da candidata no que diz respeito à transposição do rio São Francisco e à construção da usina de Belo Monte – obras cujo impacto no meio ambiente deveria mobilizar de modo bem menos complacente aquela que está sempre a enfatizar a sua origem humilde em meio a nossas matas.

 

Em face de cenário tão árido e escasso de idéias relevantes, houve algumas inusitadas e surpreendentes intervenções. Plínio de Arruda Sampaio, ex-promotor público e deputado constituinte, atual presidente da ABRA (Associação Brasileira de Reforma Agrária), tocou em temas espinhosos e absolutamente negligenciados pelos veículos de comunicação e meios políticos - a efetivação da reforma agrária, a partir da desapropriação de terras a partir de 1000 hectares; a desigualdade na distribuição de renda; a redução da jornada de trabalho, sem redução salarial; e a controvérsia desenvolvimento versus meio ambiente. Do alto de uma história rica em experiências, acima de tudo, sempre vividas com muita coerência, abordou tais questões de modo direto e tranqüilo, interpelando os candidatos incisivamente a que se pronunciassem sobre elas.

 

A ‘pegada’ crítica e divertida utilizada por Plínio para ressaltar as diferenças entre o tipo de sociedade e modelo econômico defendidos pelo PSOl relativamente àqueles proferidos unanimemente pelos demais candidatos rendeu-lhe o ‘Trending Topics’ do Twitter mundial. O candidato chegou a ser o campeão mundial de citações no Twitter. Não mais poderia, portanto, ser tão acintosamente ignorado pela grande mídia.

 

Não é, obviamente, do interesse dos maiores veículos entrar na discussão das especificidades dos temas levantados pelo candidato, e que são justamente aqueles que o diferenciam dos demais. Até porque mexer nesses temas é cutucar os poderosos lobbies econômicos que atuam afinados com os maiores grupos de comunicação do país. Os grandes veículos passaram, assim, a ressaltar, nas várias manchetes que inundaram a mídia impressa e virtual durante e após o debate, o lado ‘provocativo’, de ‘franco atirador’ e ‘irônico’ do candidato.

 

Nada mal quando não se tem a menor ilusão no que se refere ao real posicionamento de nossa imprensa quanto aos ‘divergentes’, e para quem até agora ‘não existia’ – conforme salientado pelo próprio Plínio logo no início do debate. Mediante o imenso poder de reverberação propiciado pela internet, aqueles que não desistiram de fazer valer os seus direitos e a sua cidadania terão uma chance a mais de se deparar com um mínimo de dissonância no debate político de agora em diante.

 

A partir desse episódio, restam também algumas evidências para aqueles que pretendem uma atuação mais à esquerda no espectro político. Diante das óbvias e já tão divulgadas provocações e cutucadas do candidato do PSOL no sentido de conduzir a uma divergência mínima em uma discussão em seu âmago absolutamente convergente – como tantas vezes expresso pelo próprio candidato ao longo de todo o debate -, ficou claro que a maior postulante a representar uma alternativa política de fato no cenário nacional não cumpre em absoluto este papel.

 

É bom que os setores mais progressistas se atentem a este fato, e fiquem de olhos bem abertos. Afinal, já bastam as manipulações grosseiras levadas a cabo pelos setores mais à direita e também pela mídia em geral.

 

Em tempo: a mídia elege quem pode e quem não pode falar, quem é e quem não é candidato, e ficou apenas a trinca Dilma-Serra-Marina. O "furo" foi a lei que obriga a participação dos candidatos cujos partidos têm representação no Congresso nos debates de TV aberta, e por isso Plínio teve de ser convidado pela Band. No caso do debate Folha-UOL, que será transmitido pela Internet, o candidato não fará parte, já que a exigência para participação em debates na internet é um percentual de intenção de votos acima de 10%. Coisas do Brasil.

 

Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania.

 

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Comentários   

+1 #12 RE: O debate dos presidenciáveis, o marasmo e uma dica para a esquerdaEd 11-10-2010 01:46
FOI ASSIM QUE O PT CONSTRUIU O NOSSO PAÍS ATUAL

1988 - O PT vota contra a Nova Constituição que mudou o rumo do Brasil.
1989 - O PT defende o não pagamento da dívida brasileira, o que transformaria o Brasil num caloteiro mundial.
1993 - Itamar Franco convoca todos os partidos para um governo de coalizão pelo bem do país. O PT foi contra e não participou.
1994 - O PT vota contra o Plano Real e diz que a medida é eleitoreira.
1996 - O PT vota contra a reeleição. Hoje defende.
1998 - O PT vota contra a privatização da telefonia, medida que hoje nos permite ter acesso a internet e mais de 150 milhões de linhas telefônicas.
1999 - O PT vota contra a adoção do câmbio flutuante.
1999 - O PT vota contra a adoção das metas de inflação.
2000 - O PT luta ferozmente contra a criação da Lei de Responsabilidade Fiscal, que obriga os governantes a gastarem apenas o que arrecadarem, ou seja, o óbvio que não era feito no Brasil.
2001 - O PT vota contra a criação dos programas sociais no governo Fernando Henrique: Bolsa Escola, Vale Alimentação, Vale Gás, PETI e outras bolsas são classificadas como esmolas eleitoreiras e insuficientes.
Quase toda atual estrutura sócio-econômica do Brasil foi construída no período listado acima. O PT foi contra tudo e contra todos. Hoje roubam todos os avanços que os outros partidos promoveram e posam como os únicos construtores de um país democrático e igualitário.
Já que o PT foi contra tudo e contra todos desde a sua fundação, fica uma pergunta para que os eleitores respondam: em 8 anos de governo, quais as reformas que o PT promoveu no Brasil para mudar o que os seus antecessores deixaram?
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+1 #11 O Debate dos Presidenciáveis,o Marasmo eValéria Maurício 05-09-2010 17:30
Apesar da polarização dos candidatos do PT e do PSDB,nosso Partido,provou que existe sim e já está incomodando pois,somos o unico partido de oposição,que aliás,muito bem representado na "Candidatura de Pínio.
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+1 #10 Um pouco mais do debate...Raymundo Araujo Filho 15-08-2010 07:44
Caro Julio

O que fiz no artigo sobre o Plínio, postado aqui como como, contrário apenas reflexões que, mesmo não sejam cumpridas à risca,como uma profissão de Fé (que não é), pode estar alertando para algo que deve ser, então, temperado, na postura do Plínio.

Hoje li que o twiter do Plínio foi "estupendo" com 12 mil acessos em 48 h, após o debate. Vamos multiplicar por 10, somando então os acessos de vários portais por aí. São 120 Mil pessoas. Multipliquem-se por 20, considerando a capacidade de convencimento desta gente, considerando que TODOS os acessos são votos, a outros novos votantes do Plínio. São 2,4 milhões pessoas. Multipliquem-se por 10, considerando a pequena rede formada. São 24 Milhões de eleitores. teremos então 24 Milhões de votos que, em relação aos 120 Milhões de eleitores (132 menos 10% de nulos).

Assim, após esta multiplicação toda, que acho impossível, Plínio alcançaria cerca de 12,5%.

Assim, considero que o meu patamar de 7 a 8% é mais real, o que poderia ser bom, se Plínio optasse por uma Anti Candidatura, falando correntemente que "não irei vencer, o voto em mim é de Protesto e precisamos eleger forte bancada oposicionista a qualquer um dos três pré eleitos pela mídia e o capital", além de se abster totalmente do "se eu for eleito" ou "em meu governo", ao contrário reafirmando que as eleições são manipuladas e de cartas marcadas.

Um abraço de seu amigo e admirador (assim como de Plínio)

Raymundo
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+1 #9 Surpreendendo a mídia burguesaJulio de Castro 11-08-2010 09:18
Acho que, quando citam números de possíveis eleitores advindos da admiração no debate da Band, não pode se esquecer os efeitos na extraordinária capacidade de multiplicação dos votos da mídia virtual. Não à toa que todos os partidos apostam na internet; já que os principais meios de comunicação de massa estão eleitoralmente desacreditados em face de manipulações editoriais. Assim, logo após aquele debate pró-Plínio, a grande mídia foi forçada a mudar o tratamento para com o \"4º lugar\" nas pesquisas do Ibope e Data-folha. Tentaram o isolamento da candidatura do PSOL, sobretudo pelo preconceito de “octogenário radical”, subestimando a fluência intelectual de Plínio. E levaram o troco.

Plínio alçando o 3º lugar nas pesquisas, com 12% - 15% dos votos, traduz-se chamamento para o consenso com o PSTU/PCB/PCO, impulsionando as candidaturas proporcionais conjuntas, como meta para fortalecer a voz do povo no parlamento - aí, Brasil... será um novo tempo de lutas sociais! Será o desmonte das organizações pelegas e vassalas do capitalismo. Nossa cultura político-social é calcada na figura de um líder. Tudo que esta Esquerda brasileira precisa é de um líder ilibado que expresse os anseios de transformação, de ações taticamente firmes, de lutas pululantes para entusiasmar a militância em geral.

Mas o camarada Plínio, pelos longos anos de militância socialista não tem discurso ambíguo para agradar ao Sistema. Do contrário, já teria se amoldado ao \"Novo PT\" de Lula, com discurso conciliador. Portanto, essa candidatura à presidência da República não traz ilusões de subir ao Planalto, mas sim de dinamizar o debate, de calcinar a mesmice que se tem neste país do mito Lula e demais representantes das elites. O DEM e PMDB da prostituição governamental que se cuidem. Esta poderia ser oportunidade única de contra-ataque e de unidade em torno de um projeto se soberania popular. Basta humildade com siso pelas lideranças da esquerda. Ou vamos ser sempre tratados pela mídia burguesa como “os outros”, “os nanicos” sem capacidade de alterar o pleito.

Acrescentaria às proposta de governo da candidatura Plínio 50, para repaginar o sindicalismo brasileiro, substituir o famigerado Imposto Sindical por um percentual equivalente sobre o lucros das grandes empresas, como fonte de receita dos sindicatos, através de projeto de lei. -
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+1 #8 Zé Maria no Debate!!!Andre 11-08-2010 09:16
E o Zé Maria do PSTU nem foi chamado...
E nem vai ser pela Globo e demais também.
"Coisas do Brasil".
Faltou uma matéria específica sobre a falsa democracia brasileira.
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0 #7 Armadilha para PlinioRaymundo Araujo 10-08-2010 14:43
Este é um comentário árido e detalhado. Quem quiser moleza que leia Caras -

O que vai escrito abaixo pode ser interpretado, e espero que seja, como uma reverência ao guerreiro e digno Plínio Arruda Sampaio. Mesmo que o conteúdo, como é, traga um alerta que, a meu ver e sem querer ensinar o padre a rezar missa, deve ser levado em conta.

Antes, quero dizer-lhe sobre o meu orgulho em ter sido saudado por ele, pelos meus escritos constantes no Correio da Cidadania, após ter me apresentado a ele, em singela festa junina comunitária no bairro de Botafogo, recentemente.

A primeira entrevista que vi do Plínio, na Record News, realmente não gostei e acho que os jornalistas jogaram para declarações e conclusões sensacionalistas, em temas delicados, o que conseguiram, em certa medida, embora a firmeza, seriedade e simpatia do Plínio tenha-se feito sentir.

Para este debate da BAND TV, embora preocupado com uma certa validação que a sua presença poderia dar a esta eleição de cartas marcadas, eu sabia e sei de sua capacidade de articular contundências e radicalidades, com a suavidade certeira de um dardo indígena, imperceptível na chegada, mas presente no efeito de sua verve.

E assim foi! Plínio brilhou na sua capacidade de incomodar, de fazer chistes com seriedade, de causar mal estar e fugas de perguntas irrespondíveis, além de afirmações certeiras sobre a realidade brasileira.

A sensação de que Plínio “ganhou o debate” espalhou-se imediatamente, em parcela ativa dos 3% de aparelhos ligados no horário – TV e Rádio – contra 60 a 70% do jogo de futebol decisório na TV concorrente. Assim, o universo dos que assistiram ao debate foi de cerca de 5 Milhões de pessoas no país, considerando 100 milhões de aparelhos, sendo 70 Milhões ligados no horário (share).

Considerando que 50% desta pequena e de corte social unívoco platéia acharam que Plínio foi o melhor (portanto 2,1 Milhões), significa que cerca de 4,2 Milhões de pessoas acharam isso, considerando 2 eleitores por aparelho.

Mas, nem todos deste universo, votarão nele. Estimo, com otimismo, que 50% (cerca de 2,1 milhões de votos), votariam nele, portanto.

Este é o universo estimado nas primeiras 48 horas após o debate, antes de outras repercussões, que ainda não tivemos e, considerando eu, de forma otimista, que é uma parcela pequena mas de boa articulação na formação de opinião.

Mas, a realidade aqui analisada, a meu ver, não é muito confortável pois 2,1 Milhões de votos, sendo parte de militância carimbada, não passam de 2,7% dos 132 Milhões de eleitores, se TODOS comparecerem às urnas, votando em alguém. Uma medida real, portanto, seria 2% de eleitores, no “efeito debate”.

Desta forma, na minha opinião, o “fenômeno eleitoral” de Plínio, infelizmente para mim, não se coaduna com a realidade árida dos números que aqui analisei, por aproximação, é verdade, mas com boa dose de realidade, pelo pequeno universo dos assistentes do Debate.

E creio que foi este motivo, a da pouca ameaça eleitoral que Plínio representa, que a mídia burguesa, resolveu ressaltar este fato e, a meu ver, com tratamento VIP, como se Plínio tivesse iniciado a sua vida política, no dia do debate. Lembro que esta mesma imprensa burguesa, recentemente omitiu a demolidora intervenção de 27 minutos do Plínio na CPI da Reforma Agrária, assim como a absolvição do MST, semana passada, no Congresso. A Mídia Corporativa só atende a seus interesses próprios.

Assim, embora eu reconheça a impossibilidade de se esconder a brilhante participação de Plínio no Debate, analisando as reportagens, inclusive as fotos publicadas (com Plínio sempre só, e os outros SEMPRE juntos), uma coisa muito bem concatenada, perceptível para quem faz a leitura de sub textos jornalísticos e midiáticos, coisa que aprendi desde a tenra idade intelectual.

Ora! Estamos a dizer há tempos, inclusive o Plínio, que os três outros candidatos servem aos interesses do Capital e das Corporações Midiáticas, que têm seus ovinhos de interesses depositados nas três outras candidaturas.

O PSDB luta para conseguir o segundo turno e tem seus representantes e conchavos no setor da formação de opinião pública midiática.

O grande Capital sabe que Dilma lhes será tanto mais dócil, quanto mais distante de vencer no primeiro turno, mesmo mostrando-se disposta a comandar a Nau dos Insensatos Entreguistas, a serviço do Capitalismo e da “Estabilidade” (Mas, o Capital, como sabemos, é INSACIÁVEL).

E Marina lhes é interessante para que se force um segundo turno, caso não consiga os compromissos que querem, ainda no primeiro turno, para que novas rodadas de concessões sejam feitas ao Capital, em troca da eleição.

Nesta equação, considero que Plínio só é capaz de tirar votos de Dilma e Marina, favorecendo o segundo turno, e portanto mais concessões.

Ou, em outro cenário, o Capital pode brandir o “efeito Plínio” para exigir de Dilma, que está 5 pontos à frente de Serra, que faça mais concessões, para que vença já no primeiro turno.

Portanto, finalizando este árido e doloroso artigo, creio que a única saída para as candidaturas de esquerda é se apresentarem como Anti Candidaturas, denunciando o vício eleitoral, colocando-se como um instrumento de denúncias e sem perspectiva de vitória, mas como um porta-voz da necessidade de elegermos uma bancada progressista no Congresso, “para fiscalizarmos os atos de qualquer um dos três candidatos que poderão ganhar as eleições” (para não dar moleza para ninguém).

“Afasta de mim este cálice” deve ser, a meu ver, as palavras de Plínio para qualquer coisa que iluda o eleitorado com alguma possibilidade de vitória eleitoral, o que apenas estaria corroborando em ser uma isca para o joguete dos interesses do Capital, que o querem usar para barganhar mais concessões da Ex Esquerda Corporation, da qual Plínio Arruda Sampaio nunca pertenceu e nem pertencerá, em tempo algum.

De minha parte votarei em um candidato que apresente esta denúncia radical do esbulho eleitoreiro, sendo franco com a sociedade, apresentando a única tática possível neste momento, que é se colocar como um instrumento para aumentar a representatividade da esquerda real no Congresso, conclamando o Povo a se organizar nas ruas, colocando as mazelas irresolvidas do país em foco, e distribuindo saias justas nos debates que, como ninguém, sabe fazer.
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0 #6 Arnaldo Muller 10-08-2010 14:05
Não seja por isso, José Ernesto, logo logo o PT vai cobrar essa participação dos demais candidatos... pode apostar. Mas que falta de democracia, não é mesmo, deixa a gente idignado!
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0 #5 O suspiro da ultra esquerdaJoão Felipe 09-08-2010 17:34
Se essas eleições irão servir para alguma, na perspectiva da esquerda socialista brasileira, é pra dizer que não existe vida fora do PT. Se a ultra esquerda fosse um pouquinho menos infantil, perceberia que a única forma de mudar isso seria dar continuidade a frente de oposição de esquerda construindo um campo político - social histórico a esquerda desse dirigido pelo PT (PCdoB, PDT, PSB e PMDB). Mas a infatilidade da Frente de oposição ESQUERDISTA, não consegue nem unificar uma central sindical, quem dirá um campo político histórico. E nessas condições se dão as candidaturas do PCBinho, PiSOL, PiSTU e PiCO, todas candidaturas nanicas, sem ligação com as grande massas populares, em direção ao ultimo suspiro antes da morte política. Eu fiquei balançado com o discurso do Plinio, mas taticamente, todo acumulo da eleição de 2006 foi jogado no lixo ao não lançar HH a presidente, primeiro pq ela quer mais o cargo de senadora que dar o sangue pra construir um projeto político. A unica saida pra frente de oposição de esquerda vai ser continuar na luta social, se sustentando com o dinheiro q o governo lula repassa aos movimentos sociais. Acho que esse comentário nem será postado.

Saudações!
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0 #4 O Debate Dos Presidenciáveisvaleria maurício 09-08-2010 15:42
Infelismentem é a imprenssa quem manda e desmanda nesse país.O poder exercidopelos meios de comunicação é abusivo,muitas vezes sem escrúpulos,constroem e também destroem,pessoas de bem e fazem jogo sensacionalista que, muitas vezes conquista e convence pessoas mal instruidas.
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0 #3 O debate dos presidenciáveisMarcos Pinto Bastos 09-08-2010 12:23
O esperado debate dos candidatos à presidência da república na Bandeirantes, à semelhança de outros em eleições passadas, não aconteceu. Plínio de Arruda Sampaio, candidato do P-Sol, bem que lançou um tema muito importante para debate entre os candidatos porque nortea a vida dos cidadãos brasileiros: a distribuição de renda!
No Brasil, a distribuição de renda é feita entre os mais ricos, restando aos pobres, as migalhas de lautos banquetes e até essas são lhes são jogadas com parcimónia.
Serra que se intitula economista e foi membro do governo de FHC quando foram cometidos crimes de lesa Pátria que têm grandes reflexos no bem estar social, bem que poderia expôr o que planeja fazer em prol do Povo.
Marina Silva, candidata criada para desviar votos que iriam para Dilma Roussef, nada acrescentou e como ex-membro do governo Lula, poderia propôr muita coisa que sabe errada, mas preferiu ficar calada.
Dilma Roussef, ex-guerrilheira contra a ditadura, mulher de idéias próprias, mas candidata do governo Lula, sabendo-se eleita de antemão porque vai continuar com os programas governamentais que dão aos mais pobres míseras quantias e alguns benefícios, mas dão alguma coisa que governos anteriores nunca se preocuparam em dar, não quiz polemizar com nenhum dos participantes, muito menos com Plínio de Arruda Sampaio que pleno de conhecimentos, principalmente sobre a Reforma Agrária, de peito cheio afirmou que a distribuição de renda tem que ser feita de forma radical !
Não tenho o prazer de conhecer pessoalmente tão ilustre cidadão que nos brinda com o Correio da Cidadania e, portanto, não sei as medidas que possa propôr para o governo começar a fazer distribuição de renda, mas certamente serão medidas baseadas no direito moral e repletas de honestidade. Plínio foi ao debate para discutir e propôr soluções, foi o único presente com essa intenção!
Mas o debate que não houve na Bandeirantes, podemos começá-lo nos grupos de debate que existem na internet, mesmo sabendo que muitos participam só para tumultuar os espíritos democráticos que ali existem.
A Plínio de Arruda Sampaio, um lutador incansável por valores democráticos e bem estar social da Nação, agradeço, muito reconhecido, seu recado aos que vão continuar encenando mais um capítulo tão repetido da vida política brasileira que continua nãorespeitando os interesses da grande maioria dos cidadãos.

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