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Na edição de número 227, tratamos nesta coluna de algumas coberturas da imprensa brasileira que marcaram o ano 2000. O lançamento do jornal Valor Econômico, o tratamento da mídia ao MST e a festa dos 500 anos foram os temas dominantes. Neste terceiro artigo da série, vamos lembrar o caso Pimenta Neves, que abalou as redações no ano passado, e algumas grandes perdas para o jornalismo brasileiro. Na próxima semana, assuntos mais quentes finalizam este balanço: a vitória do PT nas eleições e os 50 anos de manipulação da TV brasileira. Perdas Com o desaparecimento do jornalista Aloysio Biondi, uma semana depois da morte do dr. Barbosa, o Brasil perdeu aquele que melhor sabia verter o jargão dos ministros econômicos para o português corrente, compreensível por qualquer cidadão. Ainda vai demorar muito para aparecer alguém com talento semelhante. Pimenta Neves A Rede Globo, porém, resolveu que o caso merecia um tratamento, digamos assim, mais "hardcore" e foi logo iniciando o linchamento midiático do réu, utilizando, inclusive, expedientes eticamente condenáveis, como filmar às escondidas o depoimento do jornalista ao Ministério Público. No fim das contas, Pimenta Neves continua preso, aguardando o seu julgamento. Seus advogados tentam postergar ao máximo a data do Tribunal do Júri, a fim de minimizar os efeitos do que consideram uma cobertura sensacionalista do evento. Resta saber como a imprensa vai tratar o caso quando a data do julgamento se aproximar. Afinal, em países onde o Estado de Direito persiste, todos os seres humanos Escadinhas, Lalaus, Batorés ou Pimentas têm direito a um julgamento isento. Dê a sua opinião sobre este texto |
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