Gaza e o genocídio programado para o controle geopolítico no Oriente Médio
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- Amyra El Khalili
- 24/10/2023
MOHAMMED ABED / AFP.
Gaza está sitiada, sem abrigos, sem água, sem energia, sem alimentos, sem suprimentos de higiene e saúde e principalmente sem rota de fuga.
À medida que os suprimentos médicos se esgotam nos hospitais de Gaza, o cirurgião Ghassan Abu Sitta diz que recorreu ao uso de “vinagre da loja da esquina” para tratar feridas bacterianas e prevenir infecções.
Os médicos em Gaza estão a realizar operações sob a iluminação de lanternas de celulares por falta de energia.
Hoje, o Ministério da Saúde disse que 7 hospitais e 21 centros de saúde de cuidados primários em Gaza estão fora de serviço devido aos ataques diretos de Israel.
Os EUA votaram contra o envio de ajuda humanitária a Gaza no Conselho de Segurança da ONU, e Itamar Ben Gvir afirma na imprensa que não deve permitir ajuda humanitária.
A Agência das Nações Unidas de Assistência e Obras aos Refugiados da Palestina, UNRWA, declara que, “se as pessoas não morrerem devido aos ataques da Força Aérea Israelita, morrerão devido à poluição e à propagação de doenças infecciosas”.
Na minha opinião, analiso que Israel e os países que o apoiam, os EUA, o Reino Unido, a Itália, a França e a Alemanha, querem atacar o Irã precisamente porque a Europa e os EUA estão a perder com um dólar enfraquecido e sem energia suficiente para sustentar a sua exploração à escala industrial e fornecer energia para casas e comércio. Por isso as petrolíferas querem continuar a controlar e a determinar o preço do petróleo e do gás, e sentem-se ameaçadas pela nova configuração da rota BRICs, com a China, o Irã e a Rússia criando uma força e moeda para substituir o poder do dólar.
Esta é a situação: encurralam toda a população de Gaza num genocídio observado em tempo real pelo mundo, enquanto muitos silenciam!
Esta declaração da tomada de Gaza e da Cisjordânia por Israel foi confirmada por Netanyahu, na conferência da ONU, quando mostrou o mapa de Israel sem os palestinos.
A UNRWA solicitou a evacuação de 6 (seis) de suas escolas com base nas ameaças da ocupação israelense de bombardeá-las. Milhares de famílias deslocadas sem-abrigo estão a abrigar-se nestas escolas, o seu último refúgio em Gaza.
Asala Safwat, no Egito com família de Gaza, declara:
"Acontece que eles não têm para onde ir! E, quando vão para as regiões onde são solicitados a ir, os sionistas os bombardeiam lá também. Então as pessoas pararam de ouvi-los e ficaram onde estão. Eles querem evacuar completamente a população de Gaza e colocá-los em tendas de refugiados no Sinai, tomando a terra na sua totalidade.
E agora têm como alvo ainda mais escolas e hospitais, densamente povoados por crianças e feridos. E então dirão ao mundo que “foi um ataque aéreo fora de rota da resistência” e os meios de comunicação ocidentais continuarão a perpetuar essa mentira”.
Para a nossa informação, mas não para nossa surpresa, a UNRWA abandonou as escolas!
Nota:
É importante salientar que, quanto mais bruscas e mais rápidas forem as alterações climáticas, maior será o consumo de energia e menor será a capacidade de abastecer o mercado energético, uma vez que o modelo da globalização cria uma situação de alto consumo de energia, porque uma peça ou produto pode viajar pelo mundo de um continente para o outro para, por exemplo, se montar um carro completo ou mesmo um pequeno aparelho de um celular. Uma peça é produzida na China e a outra no Vale do Silício, quando, no antigo modelo fordista, toda a cadeia de produção de um carro era concentrada em uma única fábrica ou mesmo região, evitando, assim, os custos com transportes e armazenagem.
Assista:
LIVE - TV Diálogos do Sul: A luta do povo palestino por justiça e liberdade. Acompanhe essa entrevista de Amyra El Khalili no “Dialogando com Paulo Cannabrava” na TV Diálogos do Sul.
(Com informações da Quds News Network's e WAFA)
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