Venezuela: segue a guerra quente
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- Elaine Tavares
- 11/09/2024
Depois de ter enfrentado uma guerra econômica por parte dos Estados Unidos desde 2015, a Venezuela continua sendo atacada de diversas maneiras. Como no campo da economia o país conseguiu se desvencilhar das armadilhas dos EUA, agora, passadas as eleições e com a vitória confirmada de Nicolás Maduro, a tática tem sido a da sabotagem de espaços estratégicos no país, com impacto direto na população.
Primeiro foi um apagão elétrico e nesta semana o ataque foi na estação de trem subterrâneo Libertador Simón Bolívar, que foi incendiada de forma criminosa, também a partir de uma pane elétrica, causando muitos problemas de mobilidade para a população.
Não bastassem as sabotagens realizadas dentro do país, no último dia 2 de setembro os Estados Unidos também simplesmente roubaram o avião presidencial da Venezuela. O avião estava na República Dominicana e foi transladado para Miami, violando todas as leis internacionais. Importante lembrar que no começo deste ano os Estados Unidos também “confiscaram” sem qualquer justificativa outro avião de transporte venezuelano que estava na Argentina. O avião foi levado e em seguida destruído.
Vale ressaltar a completa submissão destes países – república Dominicana e Argentina – diante da ação estadunidense. A estratégia é enfraquecer e isolar a Venezuela.
O país do Tio Sam age como se fosse o “xerife” do mundo e os demais países aplaudem ou silenciam em cumplicidade. Fazendo uma analogia com os filmes de faroeste que tanto sucesso fizeram no cinema, o xerife em questão é um bandido e pelo que se pode ver, sem adversários no campo já que as chamadas esquerdas, não só no Brasil, mas em vários países da América Latina, também entraram na onda de que a Venezuela é uma ditadura.
Não dá para negar que há problemas na Venezuela, mas não é uma ditadura e parece inacreditável que ainda se acreditem nas mentiras criadas pelo imperialismo estadunidense.
O mesmo se pode falar do que acontece na Palestina. Com o apoio total dos Estados Unidos, Israel extermina um povo inteiro, com a maioria dos países totalmente em silêncio diante da barbárie.
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Elaine Tavares
Elaine Tavares é jornalista e colaboradora do Instituto de Estudos Latino-Americanos da UFSC