Correio da Cidadania

Primeira Marcha das Mulheres Indígenas em SP

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Dia 8 de março de 2017, nós mulheres indígenas saímos à rua em marcha, juntamente com milhares de mulheres para denunciar o genocídio e etnocídio cometidos pelo Estado Brasileiro capitalista e o agronegócio. Estiveram com a gente as companheiras das organizações da juventude e das mulheres guarani e Kaiowá RAJ (Retomada Aty Jovem) e Aty Kunhã, e as organizações GT Indígena do Tribunal Popular e Coletiva Maranã.

Saímos às ruas pela luta das mulheres indígenas, pela demarcação das terras de diversos povos, especialmente as terras Guarani e Kaiowá, prevista na Constituição Federal de 1988, não realizadas em muitos lugares do Brasil para benefício de capitalistas do agronegócio e políticos, em detrimento dos direitos de diversos povos que sofrem com genocídio pelas mãos dos governos, do agronegócio, de grileiros, dos destruidores da natureza em geral.

Também lutamos contra o etnocídio cometido pelo Estado: a invisibilidade e o apagamento das culturas indígenas dos 305 povos na educação e pelo não cumprimento do tratado internacional, o qual o Brasil é signatário, 169 da OIT que nos dá o direito à autodeterminação indígena e a consulta prévia, e para garantia destes direitos também nós mulheres indígenas trabalhadoras da favela e periferia saímos às ruas.

Dizemos não à PEC 215 que tem o objetivo de entregar nossos direitos à bancada ruralista, dando poderes aos deputados e senadores para barrar a demarcação do nosso Território. Agradecemos a todas que estiveram com a gente e convidamos todas a fazer parte da luta das mulheres indígenas da cidade, campo e floresta contra o capitalismo.

Mais de 517 anos de Resistência!

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