Correio da Cidadania

Primeiro de maio reaglutina movimentos sociais em defesa de seus direitos

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Depois de muitos anos de indecisões, por conta de eleições de governos que apareceram como “salvadores da pátria”, cheios de falsas promessas, finalmente os movimentos sociais buscam sua unidade em defesa dos direitos dos trabalhadores e de todo o povo brasileiro, que o presidente Lula, na seqüência dos seus antecessores, vem tentando destruir.

Um primeiro passo, nesse sentido, foi dado pelas atividades do 8 de março, em protesto pela vinda ao Brasil do pior de todos os terroristas, o presidente Bush, dos EUA. Um segundo passo importante se dará nas atividades do 1º de Maio Classista, a ser realizado na Praça da Sé. São várias dezenas de sindicatos ligados à Conlutas, à Intersindical, à CSC e à Nova Central, unidos a movimentos sociais de importância na vida política nacional, como o MST, o MTST, as pastorais sociais e tantos outros, além de partidos políticos de esquerda. Todos esses movimentos e entidades vêm se reunindo semanalmente na preparação deste próximo 1º de maio (veja nas Notícias do Dia a programação da Praça da Sé para aquele dia).

Essa atividade terá um claro caráter de negação dos shows que a Força e a CUT vêm promovendo, e que contribui para camuflar, esconder e negar a verdadeira história de lutas das classes trabalhadoras.

Seus organizadores estabeleceram alguns objetivos: recuperar a História de lutas da Classe Operária e relembrar as conquistas obtidas com muito sangue de trabalhadores, nossos mártires, visando ampliar a informação e a formação política, especialmente para as gerações mais jovens; denunciar o programa de reformas neoliberais do governo Lula, que roubam esses direitos conquistados, e se manifestar contra elas, tendo como objetivo defender os direitos atuais e conquistar outros que ainda não foram conquistados; fortalecer mais a unidade política dos movimentos e entidades, visando o enfrentamento maior que teremos pela frente contra os ataques violentos do capital; estabelecer, para isso, um calendário de lutas que deverá dar mais um passo decisivo na chamada à mobilização nacional proposta para o próximo dia 23 de maio, contra essas mesmas medidas do governo e das classes patronais.

Os movimentos sociais sabem que esse será um processo difícil, mas possível e necessário, uma vez que os brasileiros, a cada dia que passa, e diante das informações que nos chegam pela própria imprensa, se sentem mais desprotegidos e enganados pelas promessas eleitoreiras. Sabem que passos precisarão ser dados com muita convicção e persistência, com muita tolerância e com a busca da compreensão de que diferenças existem. Porém, com a certeza de que essas divergências, tendo em vista os interesses da coletividade, não são insuperáveis.

Que o leitor do Correio da Cidadania contribua para que essa celebração da memória dos nossos mártires e das nossas lutas seja um sucesso, divulgando, participando e convidando outros a participarem também.

 


Waldemar Rossi é metalúrgico aposentado e coordenador da Pastoral Operária da Arquidiocese de São Paulo.

 

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