Primeira prova
- Detalhes
- Marcelo Castañeda
- 02/03/2019
Tópicos que considero importantes na pesquisa CNT/MDA sobre o início do governo Bolsonaro:
- Não podemos dizer que o governo está “derretendo” se a avaliação positiva (39%) é o dobro da negativa (19%). Outros 29% consideram regular. Lembrando que Bolsonaro teve quase 50% dos votos totais em outubro. Seu desempenho pessoal é mais aprovado (57,5%) do que desaprovado (28,2%).
- Os entrevistados, em sua maioria, não acham que emprego, renda, saúde, educação e segurança pública são áreas que vão piorar. Em comparação com setembro do ano passado, todas as expectativas são melhores atualmente.
- Em relação aos arrependidos: só 7,6% se mostram desta forma, mas a pesquisa não diz qual foi o voto. Mesmo assim, é um percentual pequeno.
- Os principais desafios: Saúde (42,3%); Segurança (34,3%); Educação (31,6%); Corrupção (29,2%); Emprego (23,4%).
- Em relação às primeiras medidas do governo: reestruturação dos ministérios (62,2% aprovam); salário mínimo em R$ 998,00 (66,9% desaprovam); decreto que flexibiliza posse de arma (52,6% desaprovam); reforma da previdência (45,6% desaprovam e 43,4% aprovam, na margem de erro); pacote anticrime (62% aprovam).
- Em relação ao combate à corrupção: apenas 21,6% acha que está pior que o esperado. 48,3% acha que está conforme o esperado e 20,6% acima do esperado.
- Apenas 13,9% acham os ministros ruins/péssimos.
- 57,6% acham que a vida vai mudar para melhor contra 8,1% que acham o contrário. Entre os que acham que vai mudar para melhor, o horizonte de tempo varia de um a dois anos para a maior parcela.
- A queda de Bebiano foi justa e grande parte reconhece que os filhos interferem no governo.
- A confiança em Bolsonaro (39,2%) é muito maior que em Mourão (6%).
- 53,5% acham que a presença dos militares no governo é boa; 27,2% são indiferentes. Só 14,4% acham ruim.
Marcelo Castañeda é sociólogo.