Quão conscientes somos?
- Detalhes
- Paulo Metri
- 16/03/2023
Divulgação
Não existe Banco Central independente. Existe Banco Central dependente da sociedade ou do capital.
A explicação para tal afirmação é óbvia, mas fere as imposições de controles mentais. A sociedade vive sob intenso bombardeio de informações, sendo a maioria tendenciosa e fraudulenta, contudo muito bem camuflada.
Acabou a época em que os assaltos eram mais fáceis de serem executados, pois a ignorância e o analfabetismo campeavam. Hoje, se discute em detalhe a repercussão de uma noticia.
Mais uma vez, um avanço tecnológico beneficia a democratização da comunicação de massa. O primeiro grande avanço tecnológico impactante foi a prensa de Gutenberg, que acabou com o monopólio da informação dos monges copiadores. Ela possibilitou a formação de grande massa de leitores com acesso a livros que, até então, eram de baixa circulação.
Novos canais de mídia foram introduzidos com o advento da internet, versão atual da prensa de Gutenberg. Estes novos canais são de baixíssimos custos, permitindo também a participação de magos das narrativas e versões dos fatos falsas.
A arquitetura da enganação na comunicação de massa serviu e serve para o acúmulo de riqueza. Assim, a melhoria da qualidade do ensino possibilita a formação de cidadãos mais conscientes, impermeáveis às falsas notícias.
Há uma batalha suja no ar dos comunicólogos em que mensagens bem concebidas podem representar um acúmulo fabuloso de riqueza e uma perda inestimável de conquistas sociais ou vice versa. Afirmam que a imagem na televisão de um duto despejando cédulas de alguma moeda, com um locutor se referindo a um suposto “propinoduto”, convenceu grande parte da audiência. Assim, um comunicólogo de sucesso não precisa ser ético.
Senão, vejamos. É dito e espezinhado nas nossas mentes que existem princípios básicos de Economia que devem ser atendidos por quaisquer governos de qualquer tendência para haver sucesso no atendimento da sociedade. Ledo e proposital engano. Em outras palavras, nesta visão, a Política deve se submeter à Economia.
Esquecem que a sociedade votou em uma concepção Política que lhe atraiu. A sociedade não escolheu teses econômicas, até porque não as entende profundamente, Escolheu, sim, posições políticas que a agradam. Enfim, a Política está acima da Economia.
*Gostou do texto? Sim? Então entre na nossa Rede de Apoio e ajude a manter o Correio da Cidadania. Ou faça um PIX em qualquer valor para a Sociedade para o Progresso da Comunicação Democrática; a chave é o CNPJ: 01435529000109. Sua contribuição é fundamental para a existência e independência do Correio.
*Siga o Correio nas redes sociais e inscreva-se nas newsletters dos aplicativos de mensagens: Facebook / Twitter / Youtube / Instagram / WhatsApp / Telegram
Paulo Metri
Conselheiro do Clube de Engenharia