Correio da Cidadania

Movimentos lançam Frente Pró-Cotas para legitimar decisão do STF em SP

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Encontro ocorreu duas semanas após o STF declarar a constitucionalidade da reserva de vagas para negros no ensino superior. Atuação da Frente se dará por meio de pressão ao Parlamento e aos Conselhos Universitários.

 

Pelo menos 40 organizações populares se reuniram nesta terça-feira (9) e lançaram a Frente Pró-Cotas Raciais do Estado de São Paulo. O encontro ocorreu na Câmara dos Vereadores da capital, duas semanas após o Supremo Tribunal Federal (STF) declarar a constitucionalidade da reserva de vagas para negros em instituições públicas de ensino.

 

Segundo os organizadores, o objetivo é “unificar a pauta política das organizações do movimento social e negro e construir uma unidade pluripartidária, com o apoio de sindicatos e entidades da sociedade civil”. A atuação da Frente se dará por meio da pressão ao Parlamento e aos Conselhos Universitários, a quem cabe decidir pela adoção de programas de ação afirmativa.

 

Logo após o encerramento da votação no STF (26/04), os reitores das três universidades estaduais paulistas (USP, UNESP e Unicamp) anunciaram que a decisão dos ministros não provocará nenhuma alteração em seus processos seletivos.

 

As primeiras ações do coletivo estão previstas para ocorrer na semana que antecede o Dia da Abolição, em 13 de maio. Entre elas, a Aula Pública desta quinta-feira (10), seguida de manifestação pelas ruas do centro de São Paulo. A concentração tem início às 17 horas, na Praça da Sé.

 

Outra proposta é cobrar a realização de uma Audiência Pública, convocada pela Assembleia Legislativa. Em todas as atividades serão colhidas assinaturas de apoio a um manifesto em defesa das ações afirmativas.

 

Entre outras organizações, participaram do lançamento da Frente a UNEafro Brasil, Instituto Luís Gama, Círculo Palmarino, CONEN, INSPIR; UNEGRO, CONDEPE, Quilombagem, Levante Popular da Juventude, Anel, Rede Emancipa, Conselho Estadual da Comunidade Negra, SOS Racismo, Fórum de Esquerda, Comitê Contra o Genocídio da Juventude Negra, professores, estudantes universitários e representantes de conselhos municipais e mandatos parlamentares.

 

Por Jorge Américo, da Radioagência NP.

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