Correio da Cidadania

Saúde suspende greve e expõe salário de R$ 655 pago a médicos paulistas

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Em São Paulo, o salário base da maioria dos trabalhadores da área é menor do que o salário mínimo nacional (R$ 622). Levantamento do SindSaúde indica que um médico recebe salário inicial de R$ 655,20 mais gratificações.

 

A greve dos servidores públicos da área da saúde do estado de São Paulo, iniciada em 13 de abril, foi suspensa em assembleia realizada nesta quarta-feira (9). A principal queixa das diversas categorias está nos baixos rendimentos. O salário base da maioria dos trabalhadores da área é menor do que o salário mínimo nacional (R$ 622).

 

Levantamento do SindSaúde indica que um médico recebe salário inicial de R$ 655,20 mais gratificações. Já o auxiliar de enfermagem tem salário base de R$ 301,20. Os trabalhadores reivindicavam 26% de reajuste, mas o governo ofereceu contraproposta de 7%.

 

Junto ao reajuste salarial dos servidores, foi autorizado o aumento do valor do vale-refeição, que subiu de R$ 4 para R$ 8. Segundo o presidente do Sindicato, Benedito Augusto de Oliveira, os novos valores só serão depositados no pagamento referente ao mês de julho.

 

“O governo tem a proposta de acabar com o funcionalismo para terceirizar a ação do serviço público. É a ideia do Estado mínimo. É um projeto de investir em Organizações Sociais (de Saúde) e OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público), mas não em um serviço público de qualidade, com carreira, como todo mundo faz.”

 

Oliveira relata que as terceirizações causam problemas nos setores afetados, como recepção, limpeza e segurança. Para ele, existe uma contradição entre a estrutura disponível e os serviços prestados à população.

 

“Se no estado de São Paulo você tem os melhores equipamentos, referência para o Brasil todo, você tem também os piores funcionários trabalhando. Então, nós temos que inverter essa lógica. Não é uma briga que vai acabar neste ano, com essa greve.”

 

O Sindicato ainda lembra que o governo estadual não realiza concurso público para a saúde há mais de dez anos.

 

Por Jorge Américo, da Radioagência NP.

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