Alckmin compromete o futuro das reservas de água de SP, diz Agência Nacional de Águas
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- 30/09/2014
O diretor-presidente da Agência Nacional de Águas afirmou que, mesmo depois de oito meses de crise, a Sapesb não possui um plano de contingência efetivo para resolver o problema no sistema Cantareira.
A maneira como a crise hídrica no Sistema Cantareira está sendo administrada pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB) está comprometendo o ano de 2015 e o futuro. Essa é a opinião do diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA) Vicente Andreu. Ele afirmou que o secretário Estadual de Recursos Hídricos, Mauro Arce, apenas “ganha tempo” com as ações tomadas até agora.
As declarações foram dadas durante um evento de arquitetura e urbanismo realizado no Auditório do Parque do Ibirapuera, na última terça-feira (23). Segundo Andreu, as medidas discutidas entre os governos federal e estadual no Grupo Técnico de Assessoramento para Gestão do Sistema Cantareira (GTAG-SC) não foram seguidas. Na ocasião, ele disse que não há esforço em comunicar à população sobre a gravidade da situação.
Andreu ressaltou que vinha sendo debatida uma proposta de redução gradual da vazão de água no Cantareira. A intenção seria garantir que, caso as chuvas de outubro não fossem tão intensas, o sistema mantivesse um nível de água capaz de atravessar outro período seco em 2015. “A proposta que vem sendo apresentada é apenas a de retirar até a última gota do Sistema Cantareira. E isso é realmente aumentar o risco de uma maneira brutal”, criticou.
O diretor-presidente da ANA lembrou que, mesmo depois de oito meses após o governador ter admitido a crise, a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) ainda não apresentou um plano de contingência efetivo para o Cantareira, o que pode gerar consequências desastrosas para a região.
Fonte: SpressoSP.