MTST e outras entidades convocam protesto “contra a direita, por mais direitos”
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- 13/04/2015
Contra a direita, por mais direitos!
Em resposta à ofensiva da direita e ao ajuste fiscal do Governo construiremos uma grande mobilização em 15 de abril.
A resistência é nas ruas!
Leia a seguir o manifesto que está aberto para adesões de coletivos, entidades, movimentos e organizações:
MANIFESTO CONTRA A DIREITA, POR MAIS DIREITOS! TODOS ÀS RUAS EM 15 DE ABRIL!
Vivemos um momento de descontentamento social e grande polarização política no país. De um lado, uma contraofensiva conservadora, com manifestações que tentam canalizar essa insatisfação para uma agenda de retrocesso. Elas tiveram eco no Congresso Nacional – que tornou-se um reduto do atraso político, sob o comando de Eduardo Cunha e Renan Calheiros – e pautou propostas como: a redução da maioridade penal, a PL 4330 da terceirização, a lei antiterrorismo, a autonomia do BC e a PEC da Corrupção, que legaliza as doações empresariais para as eleições.
A direita tenta impor a sua agenda política semeando a intolerância e o ódio, propondo políticas que incentivam o racismo, o machismo e a LGBTfobia.
De outro lado, o governo federal faz a opção de jogar o custo da crise mundial no colo dos trabalhadores. O ajuste fiscal e as medidas propostas pelo ministro Joaquim Levy reduzem direitos dos trabalhadores, dificultam o acesso a políticas e direitos sociais, corta investimentos para educação e moradia.
Associado ao aumento de tarifas, que vem sendo seguido por vários governos estaduais, só agrava a situação dos mais pobres. Sem falar na crise da água em São Paulo, que é de responsabilidade do governo tucano no estado.
A política de ajuste fiscal do Governo Federal é indefensável e dá espaço para que as bandeiras levantadas pela direita ganhem apoio.
Entendemos que a saída da crise é pela esquerda. O ajuste deve, sim, ser feito, mas taxando aqueles que sempre lucraram com as crises. É preciso taxar as grandes fortunas, os lucros e os ganhos com a especulação financeira e na bolsa de valores, limitar a remessa de lucros para o exterior, reduzir drasticamente os juros básicos da economia e uma auditoria da dívida pública.
O caminho para mudanças populares no país passa por um Programa de Reformas Estruturais, como a Tributária, que implante a progressividade nos impostos, a Urbana, para atender a enorme demanda habitacional do país, a Agrária, que garanta trabalho, soberania e segurança alimentar para a população, e a democratização dos meios de comunicação.
O enfrentamento da corrupção deve ser feito com a defesa clara de uma Reforma Política Democrática, com o fim do financiamento empresarial das eleições e o aprofundamento da participação popular.
Neste sentido, é preciso fortalecer iniciativas como o projeto da Coalização Pela Reforma Política Democrática, a campanha por uma Constituinte do sistema político e o “Devolve, Gilmar”, que exige a retomada imediata do julgamento da ADI 4650, obstruída escandalosamente, há um ano, pelo Ministro do STF Gilmar Mendes.
Por tudo isso, estaremos nas ruas no próximo dia 15 de abril. É fundamental construir uma agenda política alternativa que combata as propostas da direita e que, ao mesmo tempo, defenda os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras contra os ajustes antipopulares propostos pelos governos estaduais e federal.
Essa agenda comum deve ser a base para a unificação de todos os setores populares e da esquerda em torno de um calendário de mobilizações em defesa e ampliação dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, do povo pobre e de todos os setores oprimidos da sociedade. Deve também apoiar todas as iniciativas de luta e resistência, como a greve dos professores de São Paulo.
Contra a direita, por mais direitos.
A pauta do nosso Ato está focada em três eixos:
1 – Em defesa dos direitos sociais: Não ao PL 4330 da terceirização e ao ajuste antipopular dos Governos. Pela taxação das grandes fortunas, dos lucros e da especulação financeira!
2 – Combate à corrupção, com o fim do financiamento empresarial das campanhas eleitorais!
3 – Não às pautas conservadoras, à redução da maioridade penal e ao golpismo! Contra o genocídio da juventude negra!
A saída para a crise são as Reformas Populares!
Dia 15 de abril, às 17 horas, no Largo da Batata, em São Paulo. Ocorrerão mobilizações também no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Fortaleza e Curitiba, dentre outras capitais.
Reserve sua agenda, convide mais pessoas e venha para a rua construir uma alternativa popular para o Brasil.
Convocam:
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Partido Socialismo e Liberdade (PSOL)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Intersindical - Central da classe trabalhadora
Fora do Eixo / Mídia Ninja
Articulação Igreja e Movimentos Sociais
Igreja Povo de Deus em Movimento (IPDM)
Uneafro
Coletivo Juntos
Rua - Juventude anticapitalista
Coletivo Construção
Movimento de Luta nos bairros e favelas (MLB)
Círculo Palmarino
Juventude Socialismo e Liberdade (JSOL)
Movimento de Luta por Moradia (MLM)
Partido Comunista Revolucionário (PCR)
Pólo Comunista Luis Carlos Prestes
Movimento Periferia Ativa
Movimento de Mulheres Olga Benário
Rede Emancipa
Kiwi Companhia de Teatro
Grupo Parlendas
Coletivo Dolores Boca Aberta Mecatrônica de Artes
Sinpro Guarulhos
ASSIBGE-SN/Núcleo São Paulo
Brigadas Populares
Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) da PUC-SP
Terra Livre – Campo e Cidade
Movimento Hip Hop - Bahia
Frente Ampla de Estudantes - Bahia
Juventude Comunista Avançando (JCA)
Gremio do ITB Belval
Quilombo B2 - Iris de Jesus
Coletivo Café Filosófico da Periferia
Diretório Acadêmico de Serviço Social da Universidade de Santo Amaro