Jornalistas da periferia paulistana apresentam Virada da Comunicação
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- Correio da Cidadania
- 18/08/2017
A iniciativa da Rede Jornalistas das Periferias é voltada a estudantes e profissionais da comunicação, ativistas e movimentos sociais, moradoras e moradores das periferias da Grande São Paulo. O encontro acontece em 16 de setembro no Centro Cultural do Grajaú, região do Extremo Sul de São Paulo.
A Rede Jornalistas das Periferias realiza nesta terça-feira (22), às 20h, uma transmissão ao vivo pela sua página no Facebook com a participação de representantes da Fundação Tide Setubal, Fundação Ford e Alana, organizações sociais que apoiam a Virada Comunicação e buscam o diálogo com a periferia por meio de projetos de educação, cultura e desenvolvimento urbano. Na ocasião, será apresentada a programação completa do evento e os eixos de discussão. O encontro acontece no auditório do Centro de Mídia e Comunicação Popular M’Boi Mirim, localizado no Jardim Ângela, zona sul de São Paulo.
“Idealizamos a Virada Comunicação como um marco da organização de diferentes agentes sociais que não aceitam que outros escrevam nossa história ao passo em que pautamos, contrapomos e conectamos protagonistas que constroem uma outra narrativa possível”, diz a Rede, em texto de apresentação.
O evento tem o objetivo de debater, refletir e apontar caminhos para a abordagem jornalística de temáticas do cotidiano de quem mora nas bordas da metrópole. Juntos, os 13 coletivos que compõem a Rede Jornalistas das Periferias dialogam com um público médio de 1 milhão de internautas por mês.
O encontro é voltado a estudantes e profissionais da comunicação, ativistas e movimentos sociais, moradoras e moradores das periferias da Grande São Paulo.
“A Virada da Comunicação debaterá a imagem da periferia, as desigualdades, o direito à cidade, temas alinhados com a missão da fundação”, diz Fernanda Nobre, coordenadora de comunicação da Fundação Tide Setubal, ressaltando a importância do evento para compartilhar conhecimento. “As desigualdades na cidade são complexas, as periferias são múltiplas. É preciso compartilhar saberes, dialogar e construir pontes entre diferentes territórios como forma de contribuir para a redução das desigualdades. A produção de comunicação das periferias é fundamental para essa troca”.
Com mais de 10 horas de atividades, a Virada Comunicação mescla oficinas de comunicação, intervenções culturais e mesas de debate com a participação de 34 convidadas e convidados, que debaterão temas como a conjuntura atual das periferias, genocídio e segurança pública, questões de gênero, etnias e identidades, educação e cultura, transporte e desenvolvimento local, moradia e meio ambiente, democratização da mídia e formas de atuação na comunicação.
Laura Leal, Coordenadora de Comunicação do Alana, descreve a Virada Comunicação como uma iniciativa que valoriza o jornalismo produzido na periferia. “O jornalismo produzido nas periferias é uma ferramenta fundamental para a boa prática democrática. Ele é capaz de fomentar debates, ampliar olhares, apresentar novas vozes e diferentes pontos de vista”.
Para enriquecer ainda mais os debates que serão promovidos durante a Virada Comunicação, as organizações parceiras do evento irão fornecer dados oriundos de pesquisas sobre temas diversos voltados à periferia, como educação, cultura, infância, direito a comunicação, direito à cidade, entre outros.
Agenda
LIVE – Virada Comunicação
Facebook: https://www.facebook.com/redejornalistasdasperiferias/
Local: Centro de Mídia e Comunicação Popular M’Boi Mirim
Endereço: Rua Thereza Silveira de Almeida, 03
Data: Terça-feira, 22 de agosto
Horário: 20h às 21h
Sobre a Rede Jornalistas das Periferias
Formada por 13 coletivos de comunicação, a Rede Jornalistas das Periferias é uma iniciativa de comunicadores e comunicadoras, moradores de bairros periféricos da cidade de São Paulo, que atuam em diferentes frentes e áreas do campo, e de coletivos e movimentos de comunicação periféricos organizados, que tem o objetivo de promover e disseminar a informação produzida pelas periferias e para as periferias. Nós acreditamos na potência e importância de que as vozes das próprias periferias sejam as protagonistas no conteúdo jornalístico sobre essas regiões da cidade, constituídas historicamente em condições sociais de desigualdade de raça, classe e gênero, que se reproduzem, inclusive, no ambiente profissional da comunicação.
A nossa Rede afirma em sua constituição a defesa dos direitos dos moradores das periferias de São Paulo e apoia grupos de comunicação periféricos de todo o país, compreendendo os contextos específicos de cada região, além de outras iniciativas que valorizem e mobilizem as minorias em prol de uma sociedade mais justa, plural e democrática para todos os cidadãos.
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