Correio da Cidadania

Completando dois anos, hidrelétrica de Estreito causa prejuízos às comunidades locais

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Há anos a CPT vem denunciando os prejuízos causados pela construção de hidrelétricas, tanto ao meio ambiente quanto às populações que dependem dos rios para sobreviver.

 

Em fevereiro do próximo ano, a Hidrelétrica de Estreito completará dois anos e durante todo esse tempo o avanço da usina hidrelétrica sobre o rio Tocantins tem causado impactos negativos na vida das comunidades ribeirinhas. Indígenas do povo Krahô, Apinajé, de Tocantins, e do povo Gavião e Krikati, do Maranhão, além de pescadores, extrativistas e camponeses dos dois estados, têm sido ameaçados pelos grandes projetos públicos e privados que tomam a região, como a hidrelétrica de Estreito.

 

O empreendimento é de responsabilidade do Consórcio Ceste, formado pela Camargo Corrêa, ALCOA, Vale e Suez-Tractebel e custará cerca de R$ 2,5 bilhões. Para ambientalistas, com a construção da hidrelétrica, o rio Tocantins deve se transformar num lago, o que pode causar inúmeros prejuízos não só às comunidades ribeirinhas, mas também ao meio ambiente. Como exemplo desses impactos, tem-se a alteração do ciclo de reprodução dos peixes, a destruição da mata ciliar e a inundação de florestas nativas, o que causaria também a morte de animais silvestres.

 

No entanto, o avanço de hidrelétricas sobre a Amazônia continua. No dia 4 de outubro deste ano, foi inaugurada a segunda casa de força da Hidrelétrica de Tucuruí, construída no rio Tocantins há 24 anos. 

 

Fonte: CPT (Comissão Pastoral da Terra).

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