Correio da Cidadania

Golpes de financeiras desatam violência e protestos na Colômbia

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Uma semana após o governo decretar emergência social pela quebra e fechamento de uma série de empresas, ilegais, captadoras de dinheiro, a situação complica-se em várias regiões do país.

 

A Superintendência Financeira anunciou o fechamento da Costa Caribe, que aparecia como promotora de um enorme projeto hoteleiro, e outras cinco firmas vinculadas. Na seqüência, adiantou que nesta semana continuarão os fechamentos de mais pirâmides, o que aumentaria o número de pessoas, que já passam de 200 mil, para quem ficaria no ar o dinheiro colocado nessas empresas ilegais.

 

Enquanto isso, multiplicam-se os protestos de quem exige a devolução de suas poupanças por parte dos que os calotearam ou daqueles que, pelo contrário, exigem ao governo retificar as ordens de intervenção e deixar as pirâmides atuarem.

Este é o caso dos cerca de 200 mil clientes da DMG, considerada a maior pirâmide, cujo principal acionista, David Múrcia, foi detido no Panamá e enclausurado no cárcere La Picota. Centenas de pessoas concentraram-se em frente a essa prisão para pedir a liberdade de Múrcia e depois marcharam até a Praça de Bolívar com o mesmo objetivo.

 

No município de Honda, no departamento de Tolima, foi implantado o toque de recolher para tratar de controlar uma série de distúrbios que começaram no sábado pela noite.

 

Relatórios dessa cidade de 25 mil habitantes assinalam que os distúrbios começaram com o saque a um supermercado que tinha sido fechado pela polícia por seus supostos vínculos com a DMG.

 

O prefeito, Carlos Arce Camacho, denunciou que ao redor de 10 mil pessoas intervieram em saques a dezenas de comércios, de onde carregaram tudo o que encontraram.

 

No entanto, o departamento de Putumayo está há mais de cinco dias paralisado pelos protestos de milhares de clientes da DMG que exigem ao governo dar marcha atrás à intervenção.

 

Desde Mocoa, capital desse departamento, saiu uma caravana de centenas de veículos com destino a Bogotá para exigir às autoridades a reabertura da DMG.

 

No meio da contraditória situação, muitos asseguram que as pirâmides em si mesmas e a crise atual são resultados da pobreza de que padecem mais da metade dos colombianos, muitos dos quais procuram qualquer via para sobreviver.

 

Publicado originalmente em Prensa Latina.

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