Solidariedade ao povo do Maranhão e respeito à sua decisão de escolher seu governador
- Detalhes
- Andrea
- 09/12/2008
A oligarquia que dominou o Maranhão por 40 anos não se conforma com a derrota que sofreu nas urnas em 2006 e que pôs fim a seu controle sobre o governo estadual. Nas eleições deste ano, o grupo oligárquico sofreu nova derrota, nas principais cidades do estado e mais de dois terços dos municípios.
O povo do Maranhão escolheu o governador Jackson Lago, contra todos e contra tudo, numa manifestação clara de que queria mudanças.
Afastado pelo voto livre e soberano da população maranhense, a oligarquia tenta retornar ao poder através de manobras junto aos tribunais superiores, terreno onde o senador José Sarney mantém muitos amigos, aliados e pessoas que lhe devem favores.
A população do Estado, principalmente sua parcela mais organizada e consciente, entrou em regime de alerta e está conduzindo manifestações em São Luís e em diversos pontos do Estado. No entanto, tais manifestações estão sendo silenciadas pelo monopólio midiático que a mesma oligarquia dispõe sobre a Globo, SBT etc., cujas filiais são de propriedades dos familiares do senador Sarney ou de seus aliados próximos, como o senador Edison Lobão.
O povo do Maranhão quer que seu voto seja respeitado. Esperamos que o Tribunal Superior Eleitoral não se curve às manobras dos interesses da oligarquia maranhense.
Por isso, queremos de público manifestar nossa solidariedade ao povo do Maranhão e ao seu governador Jackson Lago, legitimamente eleito.
Brasil, 5 de dezembro de 2008. Atenciosamente,
Roberto Amaral, secretário geral do Partido socialista Brasileiro, PSB;
Edmilson Costa, pelo Partido Comunista Brasileiro;
Sergio Miranda, pelo Partido Trabalhista Democrático, de Belo Horizonte;
Beto Almeida, jornalista e diretor da Telesur;
João Pedro Stedile, pela coordenação nacional da Via Campesina Brasil;
Ricardo Gebrim, Sindicato dos Advogados de São Paulo;
Marina dos Santos, pela direção nacional do MST;
Luiz Dala Costa, pelo Movimento dos Atingidos pelas Barragens;
Temistocles Marcelos, Sindicato da saúde de Belo Horizonte e da Comissão de Meio Ambiente da CUT;
Mario Jakobsind, jornalista, Rio de Janeiro;
Frei Sergio Gorgen, pelo Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA;
Justina Cima, pelo Movimento das Mulheres Camponesas – MMC;
Igor Fuser, professor universitário, jornalista, de São Paulo;
Alípio Freire, jornalista, de São Paulo.