Correio da Cidadania

Greve de fome em cidade argentina chama atenção para pobreza da região

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Pobreza extrema, fome, desnutrição infantil, falta de trabalho digno, desesperança dos jovens e expectativas negativas por causa da crise financeira mundial são os principais motivos da greve de fome que cerca de 400 pessoas vão iniciar na próxima segunda-feira (12), na cidade de La Quiaca, localizada ao norte da província de Jujuy, Argentina.

 

Nesta sexta-feira (9), será realizada uma coletiva de imprensa para informar os alcances da medida com a presença do Prêmio Nobel da Paz, Adolfo Pérez Esquivel, e do sacerdote Jesús Olmedo, na sede do Instituto Mobilizador de Fundos Cooperativos, em Mar Del Plata.

 

A greve coletiva busca evidenciar a situação desesperadora de numerosas famílias e a resposta mínima dada pelo governo. No dia 2 de dezembro, os delegados da Multisetorial apresentaram em assembleia um novo plano de luta, concretizado em uma greve de fome coletiva de 400 pessoas.

 

A greve é considerada como medida última e extrema de luta social, única alternativa para que as demandas da população sejam atendidas pelo governo e para que os direitos fundamentais dos cidadãos sejam respeitados. As comunidades rurais de La Quiaca vivem de maneira isolada em ranchos de barro.

 

Nessas comunidades, o acesso aos recursos básicos (educação, saúde, alimentação) é extremamente difícil. Não possuem acesso à eletricidade nem à água potável. Sofrem as conseqüências da pobreza, como os altos índices de mortalidade infantil e materna, desnutrição e deserção e reprovação escolar.

 

Fonte: Adital.

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