Metalúrgicos do ABC reafirmam luta contra demissões na TRW
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- Andrea
- 09/01/2009
Mais de 500 trabalhadores participaram de ato na porta da TRW (Diadema), nesta quinta-feira (8), em protesto contra 210 demissões anunciadas pela empresa no final do ano passado. “Vamos fazer a luta que tiver de ser feita para que a TRW volte atrás nessa decisão arbitrária e truculenta”, afirma o presidente do Sindicato, Sérgio Nobre.
O presidente do Sindicato lembra que as empresas nunca ganharam tanto dinheiro como nos últimos anos e, por isso, também devem contribuir nos momentos de dificuldades. “Eles faturaram uma fábula e agora não querem gastar nada com a crise”, denuncia.
Sem qualquer aviso, a TRW interrompeu as negociações que mantinha com a entidade desde setembro, efetuando a demissão dos trabalhadores por telegrama no dia 20 de dezembro. Porém, a empresa não esperou o aviso chegar: na noite de 19 para 20, as chefias disseram aos trabalhadores do turno da noite que eles deveriam deixar a fábrica.
Truculência – “Como o pessoal não aceitou, pois não havia transporte na madrugada, a empresa cortou a energia elétrica do prédio e obrigou os trabalhadores saírem. O grupo, que incluía mulheres grávidas, viu-se de repente, às 3h30 da madrugada, na rua, sem condução sequer para voltar às suas residências. Eles tiveram que ficar em frente à fábrica até o transporte coletivo começar a funcionar, já na manhã do dia 20”, denuncia o Sindicato.
O ato na TRW reuniu, além da militância da categoria, várias autoridades que foram prestar solidariedade aos trabalhadores. Entre elas, o prefeito de Diadema, Mário Reali; o vice-prefeito, Gilson Menezes; o deputado federal Vicentinho; e os vereadores Maninho e Zé Antonio (Diadema) e Paulo Dias, Toninho da Lanchonete e Tião Mateus (São Bernardo).
Robson Dias Bonjardim, do Comitê Sindical na TRW, afirma: “A empresa agiu como um bandido, pois esperou o sindicato sair de férias para executar a ação”, completou.
Fonte: Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (http://www.smabc.org.br/).
Desconto de vale-transporte no salário pode acabar
A Câmara dos Deputados analisa um projeto de lei que acaba com o desconto no salário do trabalhador em razão do recebimento do vale-transporte. Se aprovado, o benefício passa a ser integralmente custeado pelo empregador e deve ser suficiente para cobrir o custo dos deslocamentos do trabalhador no trajeto entre a sua residência e o local de trabalho.
Segundo o autor da proposta, deputado Silvinho Peccioli (DEM-SP), a eliminação da participação do empregado na despesa com os vales é uma forma de valorização do trabalhador e significará um aumento indireto na sua renda. Pela legislação vigente, o trabalhador arca com uma parcela do custo do vale-transporte, equivalente ao valor que exceder a 6% do seu salário.
Mais informações: http://www.camara.gov.br/
Fonte: Agência Sindical.