Correio da Cidadania

São Paulo terá novo ato neste domingo em solidariedade à Gaza; e mais notícias dos massacres

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Após o primeiro ato em São Paulo, no dia 2 de janeiro, no MASP, dezenas de entidades se reuniram e decidiram realizar novos protestos contra a agressão de Israel na Faixa de Gaza. Cerca de 150 pessoas, representando mais de 40 entidades – centrais sindicais, partidos políticos, organizações populares, estudantis, culturais e religiosas – reuniram-se no dia 5, na Sociedade Beneficente Muçulmana (SBM) e aprovaram um calendário.

 

O principal protesto ocorrerá no domingo, dia 11, a partir das 10h, no Vão do Masp. Será um ato e passeata, reunindo todos os que acreditam que neste conflito existe um agressor, o Estado genocida e invasor de Israel, e um agredido, o povo palestino. A expectativa é que este ato de rua seja ainda maior do que o primeiro, que reuniu 800 pessoas.

 

Além desta manifestação central, outros protestos serão realizados ao longo da semana. Na terça, ocorreu um ato em Guarulhos, cidade vizinha a São Paulo e que é do tamanho da Faixa de Gaza. Nesta quarta, dia 7, a partir das 14h, uma manifestação percorreu as ruas do Brás, bairro de intenso comércio de roupas, na região central, e com uma grande presença da comunidade árabe. A passeata saiu da Mesquita do Brás, na Rua Elisa Whitaker. Além destes protestos, uma “sapatada” foi preparada, repetindo o gesto do jornalista iraquiano na visita de George W. Bush e que tornou-se um símbolo da luta contra o imperialismo.

 

Unidade

 

Várias frentes também serão intensificadas nos próximos dias: relação com parlamentares, iniciativas de solidariedade com contribuição de medicamentos e alimentos (SOS Gaza), boicote a produtos israelenses, comunicação e divulgação de materiais para a população.

 

Além disso, a reunião discutiu iniciativas para buscar coordenar e unificar as várias ações nacional e internacionalmente. Também se discutiu a necessidade de organizar uma grande manifestação no Fórum Social Mundial, em Belém (PA), em solidariedade ao povo palestino.

 

Mais informações sobre os protestos pelo país podem ser encontradas no blog somostodospalestinos.blogspot.com

 

Fonte: PSTU.Com informações de Dirceu Travesso, da Conlutas.

 

 

Exército israelense mata 30 palestinos após colocá-los “em segurança”

 

Por Camila Souza Ramos, Revista Fórum

 

4 de janeiro de 2008. Os fogos de artifício acabavam de estourar comemorando o ano novo e desejando paz a todo o mundo e o exército israelense encaminhava 110 palestinos a um prédio em Zeitoun, na Faixa de Gaza, pedindo para que não saíssem de lá. Fazia oito dias que Israel havia iniciado sua ofensiva na região, argumentando revidar ataques terroristas do Hamas.

 

Um dia depois, médicos palestinos informaram à imprensa que receberam 12 corpos de pessoas de uma mesma família, a Samouni. Todos tinham vindo do prédio tido como "seguro" em Zeitoun. Hoje , 9 de janeiro, o número de mortos vindos daquele edifício chegou a 30. Todos foram vítimas de um ataque de um tanque israelense.

 

Os sobreviventes do massacre conseguiram andar dois quilômetros pela estrada principal que liga o norte ao sul da cidade, tentando uma carona para o hospital mais próximo, entre eles, três crianças. Nenhuma resistiu aos ferimentos ao chegar ao hospital.

 

Segundo o Escritório da ONU para Questões Humanitárias (OCHA, na sigla em inglês), testemunhas que presenciaram o fato afirmam que este foi "um dos incidentes mais graves" desde o início da ofensiva. Desde 27 de dezembro, o número de mortos palestinos soma 770; o de israelenses, 14.

 

 

Resolução do Conselho de Segurança da ONU é ignorada e ataques continuam

 

Redação, Revista Fórum

 

O Conselho de Segurança da ONU aprovou na madrugada desta sexta-feira uma resolução exigindo cessar-fogo imediato em Gaza. A medida foi tomada com a abstenção dos EUA, mas Israel e o Hamas ignoraram a decisão. Segunda a Organização das Nações Unidas (ONU), foi bombardeada uma casa em Zeitun, onde se encontravam 110 pessoas, metade das quais crianças. Trinta morreram, como já citada na notícia acima.

 

O dia de ontem ficou ainda marcado pela denúncia chocante por parte do Departamento de Coordenação Humanitária da ONU, que divulgou um documento em que garante que no último domingo soldados israelenses evacuaram mais de uma centena de palestinos para o interior de um edifício em Zeitun, próximo a Gaza. Ali, os militares disseram para que permanecessem, pois estariam em segurança. Contudo, no dia seguinte a aviação de Israel bombardeou repetidamente o mesmo edifício, matando trinta pessoas que estavam ali alojadas.

 

Até quinta feira o número de palestinos mortos vítimas dos bombardeios era de 758, sendo que o número de crianças mortas neste conflito mais do que triplicou com o início da invasão terrestre e são já cerca de um terço (257) do total de mortos.

 

Com informações de BBC e Esquerda.net.

 

Mais de mil participam de ato em solidariedade à Palestina no Rio

 

Da Agência Petroleira de Notícias

 

Cerca de mil pessoas participaram de um comovente ato público nesta quinta-feira, 8, na Cinelândia, no centro do Rio, em solidariedade à luta do povo palestino. De lá, os manifestantes saíram em passeata até a porta do Consulado dos Estados Unidos. Em protesto, jogaram sapatos sobre as paredes do consulado, num gesto simbólico de repúdio ao imperialismo estadunidense, que lembrou a sapatada atirada contra o presidente George W. Bush. As bandeiras dos Estados Unidos e do Estado terrorista de Israel foram queimadas.

 

Ao mesmo tempo em que a população do Rio se manifestava em apoio à causa palestina, os bombardeios israelenses à Faixa de Gaza se intensificavam. Um telefonema direto da Palestina, a um familiar residente no Brasil, informava que pessoas estavam soterradas sobre os escombros sem receber ajuda, ambulâncias serviam de alvo "e quem escapava dos bombardeios era atingido por metralhadores, por terra". A maioria das vítimas era formada por mulheres e crianças.

 

O ato em apoio aos palestinos reuniu um grande número de sindicatos, entidades humanitárias, movimentos sociais, partidos políticos, centrais sindicais. Dentre os sindicatos, havia dirigentes e militantes dos Correios, Bancários, SEPE, Sintuff, Sindipetro-RJ; também os partidos políticos PT, PC do B, PSTU, PCB, P-SOL; as centrais sindicais CUT, Intersindical, Conlutas e CTB. O Comitê de Solidariedade à Luta do Povo Palestino do Rio de Janeiro esteve à frente da organização, que também contou com a presença da Sociedade Brasileira Muçulmana, dentre inúmeras outras entidades.

 

Desde a retomada dos ataques de Israel sobre a Faixa de Gaza, em 27 de dezembro, os brasileiros já realizaram manifestações em várias capitais em favor dos palestinos. Florianópolis, Manaus, São Paulo e Salvador foram as primeiras. No Rio, as organizações que integram o Comitê reuniram-se após o ato desta quinta para discutir os novos passos da luta contra o holocausto palestino.

 

Os manifestantes reivindicam que o Brasil rompa diplomaticamente com o Estado terrorista de Israel, propõem o cancelamento do Tratado Comercial entre Brasil e Israel e estão dispostos a mover uma campanha internacional de boicote aos produtos e corporações sionistas.

 

 

Meios de comunicação manifestam seu repúdio e solidariedade

 

Os editores das revistas abaixo relacionadas manifestam publicamente seu mais firme e veemente repúdio à operação de extermínio desencadeada pelo Estado de Israel contra o povo palestino na Faixa de Gaza. Inegável é reconhecer que a política genocida de Israel contra os palestinos é beneficiária do apoio direto do imperialismo norte-americano e demais potências imperialistas.

 

Entendemos que a possibilidade de uma paz duradoura no Oriente Médio impõe que o governo dos Estados Unidos e as demais potências imperialistas cessem sua política intervencionista na região e que a legítima reivindicação histórica de criação do Estado livre e independente da Palestina se transforme em concreta e imediata realidade.

 

Diante das atrocidades em curso, os editores das publicações signatárias manifestam sua mais viva e irrestrita solidariedade à heróica resistência do povo palestino.

 

Revistas signatárias:

 

AMÉRICA LATINA EN MOVIMENTO - Equador

AMÉRICA LIBRE - Argentina

ANTÍTESE - Brasil

CAMINOS - Cuba

CONTRETEMPS - França

CRÍTICA MARXISTA - Brasil

ESTRATÉGIA INTERNACIONAL - Brasil-França

FORUM - Brasil

HERRAMIENTA - Argentina

HISTÓRIA & LUTA DE CLASSES - Brasil

ISKRA - Brasil

LE MONDE DIPLOMATIQUE - Brasil

LUTAS & RESISTÊNCIAS - Brasil

LUTAS SOCIAIS - Brasil

MAISVALIA - Brasil

MARGEM ESQUERDA - Brasil

MARXISMO VIVO - Brasil

NOVOS RUMOS - Brasil

NOVOS TEMAS DE CIÊNCIAS HUMANAS - Brasil

OUTUBRO - Brasil

PRINCÍPIOS - Brasil

PUNTO FINAL - Chile

REVISTA DO BRASIL - Brasil

REVISTA SEM TERRA - Brasil

RUBRA - Portugal

SHIFT - Portugal

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