Em ato, trabalhadores da USP cobram negociações com reitoria
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- Andrea
- 02/06/2009
Professores, servidores e estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e outras entidades realizaram na manhã desta terça-feira, 2, um ato público em frente à reitoria.
Na paralisação de hoje, os docentes da instituição reiteraram durante a manifestação a disposição para uma greve permanente caso a direção não apresente novas propostas para a categoria. Entre as reivindicações da categoria estão reajuste de 10% nos salários e mais verbas para as universidades.
Se optarem pela greve por tempo indeterminado, os professores se juntarão aos funcionários da universidade. Paralisados desde o dia 5 de maio, os servidores reivindicam, entre outros itens, concessão de 17% de reposição parcial das perdas, incorporação de 200 reais nos salários, garantia de emprego a mais de cinco mil trabalhadores e a reintegração do sindicalista Claudionor Brandão, demitido em dezembro do ano passado.
Os trabalhadores pedem também a reabertura das negociações, suspensas desde o dia 25 de maio. Até o momento, houve apenas uma reunião entre o Fórum das Seis (conjunto de entidades representativas de professores, funcionários e estudantes das três universidades paulistas - USP, Unesp e Unicamp) e o Conselho de Reitores das Universidades de São Paulo (Cruesp). A proposta dos reitores, no entanto, oferecia apenas 6,5% de reajuste salarial e foi rejeitada.
Tentativas de intimidação
O ato foi também um repúdio à ação da Polícia Militar que, nesta segunda-feira, 1/6, com forte aparato, ocupou todas as unidades da USP e desmontou os piquetes organizados pelos trabalhadores. De acordo com os manifestantes, os policiais chegaram a retirar e rasgar faixas dos prédios, em atitudes provocativas.
Além disso, os trabalhadores denunciaram tentativas de intimidação por parte da reitoria. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp), alguns grevistas receberam telefonemas de diretores de unidades e chefias com ameaças de corte de salário e demissões.
Em nota, o Sintusp declara que, com este tipo de postura, "a reitoria demonstra a sua irresponsabilidade na ausência de diálogo com os diversos segmentos da universidade, que se colocam na defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade".
Publicado originalmente em Brasil de Fato.