Correio da Cidadania

Continuam detidos militantes argentinos que repudiaram ato sionista

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No dia 17 de maio passado, integrantes da Frente de Ação Revolucionária (FAR) e do Movimento Teresa Rodríguez (MTR) se mobilizaram na cidade de Buenos Aires contra um ato de celebração pelos 61 anos da criação do Estado de Israel, que teve apoio do governo de Buenos Aires.

 

A mobilização consistiu na entrega de panfletos que mostravam o repúdio ao governo sionista de Israel e suas políticas de perseguição, além de apoio ao povo palestino.

 

No ato se encontravam personalidades e funcionários representantes das entidades israelitas, que contavam com escolta pessoal. Ao observar os militantes das FAR e MTR, de imediato se voltaram contra eles, desatando uma batalha que terminou com cinco manifestantes presos, entre os quais se encontravam mulheres, que foram golpeados brutalmente já estando ao chão.

 

Em comunicação com a FM Gente Rádio, Leonardo Del Grosso integrante da FAR, que se encontra atualmente detido no presídio de Marcos Paz, definiu o ato de celebração como uma "apologia do terrorismo de Estado", já que Israel "semeia o terror, a guerra e a morte".

 

Leonardo também denunciou que no momento do confronto os integrantes da comunidade israelita, que se encontravam no ato, exibiram armas de fogo, fato omitido pelos grandes meios de comunicação, que na hora de passar informações intitularam o ato como "anti-semita", fazendo referência à mobilização de pessoas que saíram a denunciar as políticas genocidas de Israel.

 

Consultado sobre sua situação, a qual qualificou como "ridícula", Leonardo manifestou que na próxima semana levará apelação à Câmara, já que considera a atuação do juiz, doutor Claudio Bonadio, "uma barbaridade, por ter nos mantido presos".

 

Dentro das vozes que saíram - não só a reclamar a liberdade dos presos da FAR e MTR e o fim à perseguição a estes militantes, mas também a denunciar os atropelos do Estado de Israel - se encontram Osvaldo Bayer; Adolfo Pérez Esquivel, prêmio Nobel da Paz; Nora Cortiñas, fundadora das Mães da Praça de Maio; integrantes da comunidade judia, entre outros.

 

Todos têm alertado e denunciado as declarações do embaixador de Israel na Argentina, o senhor Gazit, assim como as do vice-presidente da AMIA, o senhor Ángel Barman, que vem praticando instigação, já que têm defendido, entre outras coisas, "extinguir grupos violentos", em clara alusão às manifestações contra as políticas israelenses.

 

Finalmente, Leonardo Del Grosso reivindicou os atos de repúdio contra o Estado israelense e enfatizou que as detenções deles são "uma agressão contra o conjunto dos lutadores, porque é uma perseguição política que não tem nenhum tipo de justificativa".

 

FM Gente Rádio, Bariloche, Argentina.

 

Retirado de Brasil de Fato.

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