Para autoridades, vingança pode ter sido motivo de execução de trabalhadores
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- Andrea
- 14/07/2009
Depois de ouvir a testemunha da execução dos cinco integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no assentamento Chico Mendes, em Pernambuco, autoridades consideram fraca a teoria de roubo seguido de morte. Para a Polícia, a hipótese mais forte é de que o crime tenha sido motivado por questões pessoais. O fato é confirmado pelo promotor agrário, Edson Guerra.
Já os integrantes MST suspeitam de que o crime possa ser mais uma retaliação à luta pela reforma agrária. Eles relacionam a execução com o ocorrido em fevereiro deste ano, no município de São Joaquim do Monte. Na ocasião, seguranças contratados para impedir a ocupação da fazenda Jabuticaba, foram mortos ao atacar trabalhadores rurais que tentavam ocupar a terra. Os sem-terra alegaram legítima defesa.
Para o promotor Edson Guerra, não há relação entre os casos, já que os assentados de Chico Mendes não participaram da mobilização na fazenda Jabuticaba.
"Até o presente momento não vejo nenhuma conexão entre um fato e outro. Essa hipótese pode ser relacionada, mas não está sendo alimentada porque não há elementos para isso. Nós trabalhamos mais com a hipótese de execução por vingança e por motivação pessoal".
Mortes por conflitos agrários no Brasil estão cada vez mais comuns. Assim como o ocorrido no assentamento em Pernambuco, a agricultura Iraci Otila, foi executada, no último sábado (11), em Alagoas.
Por, Aline Scarso, Radioagência NP.