Correio da Cidadania

Direita boliviana rejeita assentamentos e movimentos prometem ocupações

0
0
0
s2sdefault

 

O presidente da Coordenação Nacional pela Mudança (Conalcam) – instância de articulação entre governo e movimentos sociais bolivianos – Fidel Surco, ameaçou a tomada de terras no departamento de Pando, no norte da Bolívia, caso a direita continue tentando emperrar o processo de assentamentos realizado pelo governo Evo Morales na região.

 

O projeto do governo prevê o assentamento, em uma área de 200 mil hectares, de duas mil famílias, que serão deslocadas dos departamentos de La Paz e Cochabamba. De acordo com o vice-ministro de Terras, Alejandro Almaras, o projeto visa deslocar, a partir de agosto, populações dos departamentos que tem alta densidade demográfica para locais pouco habitados.

 

Em Pando, a associação de municípios, latifundiários e empresários organizaram manifestações pelo respeito à propriedade privada. Para a direita boliviana, o projeto é uma jogada eleitoral de Morales, que pretende levar famílias de departamentos onde tem maior apoio político para regiões onde a oposição tem mais força. As eleições presidenciais acontecerão em 6 de dezembro. A oposição prometeu entrar na justiça contra os assentamentos caso o governo não desista do projeto.

 

O presidente do Tribunal Agrário Nacional, Luis Alberto Arratia, afirmou nessa quarta-feira (29) que o poder executivo tem legitimidade para executar os assentamentos e que esta prerrogativa está garantida pela nova Constituição.

 

O presidente da Conalcam disse que os movimentos sociais não abrirão mão de seus direitos e que a resistência de "alguns poucos privilegiados" pode gerar conflitos violentos em Pando.

 

Por Vinicius Mansur, Radioagência NP.

0
0
0
s2sdefault