Correio da Cidadania

Aliança Social Continental pede rechaço ao acordo militar entre EUA e Colômbia

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A discussão acerca das bases militares dos Estados Unidos na Colômbia ainda não terminou. Em declaração oficial, a União das Nações Sul-americanas (Unasul) decidiu que o assunto será debatido durante um encontro do Conselho de Segurança da Unasul, que ocorrerá em 24 de agosto, em Buenos Aires, Argentina. Ontem (10), a Aliança Social Continental entregou uma carta aos presidentes de Unasul em que expressa suas inquietações sobre a instalação das bases estadunidenses em Colômbia.

 

No comunicado, a Aliança afirma que a Unasul deve, em sua próxima reunião, "rechaçar a instalação destas e de qualquer base militar na América do Sul, condenar a interferência nos assuntos da integração regional e avançar na busca de soluções políticas através do diálogo nos diferentes assuntos de controvérsia entre os países".

 

Ademais, pede que a Unasul receba "uma delegação dos movimentos sociais do continente para expressarem estas inquietações e permitir que o processo de construção do órgão conte com as opiniões dos mesmos".

 

Para a Aliança, a decisão do presidente colombiano, Álvaro Uribe, de aceitar a instalação de militares estadunidenses no país significa aumentar a presença dos Estados Unidos em uma região a partir de qual se é possível realizar operações sobre toda a América do Sul.

 

"A Colômbia, ao assinar este acordo, dará imunidade aos militares e contratistas estadunidenses, com o qual lhes garantirá a impunidade e os colocam por fora dos controles judiciais nacionais e internacionais. Ao mesmo tempo, o uso das bases significa uma intervenção nos assuntos internos da Colômbia e uma ameaça contra os processos democráticos em toda a região", destaca.

 

A instalação de bases estadunidenses na Colômbia, segundo Uribe, ajudará na luta contra o narcotráfico e o terrorismo. No entanto, de acordo com a carta da Aliança, "representam uma peça do dispositivo militar global dos Estados Unidos e patrocinam um enfoque militar e unilateral destes problemas, impedindo o tratamento social, político, autônomo e multilateral de tais problemas."

 

Dessa forma, a Aliança pede aos presidentes sul-americanos que analisem e rechacem o acordo militar entre Estados Unidos e Colômbia para, assim, garantir a integração e a estabilização da América Latina.

 

Por Karol Assunção, Adital.

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