Correio da Cidadania

Unificados, movimentos protestam contra crise em São Paulo

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Milhares de pessoas participaram, nesta sexta-feira (14) em São Paulo, de uma manifestação contra a crise econômica mundial e contra as demissões. Organizado por centrais sindicais e movimentos populares e estudantis, o ato integrou a Jornada Nacional Unificada de Lutas, realizada durante a semana em todo o país.

 

Saindo da Praça Oswaldo Cruz, os manifestantes percorreram parte da Avenida Paulista, realizando pequenas paradas em frente aos prédios da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Petrobras e Banco Santander. O protesto terminou em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), onde houve um ato de encerramento.

 

Nos cálculos da Polícia Militar, cinco mil pessoas integraram a manifestação, enquanto o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estima que pelo menos dez mil pessoas estiveram presentes.

 

Unidade

 

O protesto foi marcado pela unidade entre as entidades, que compareceram em grande número. Para Francisvaldo Mendes, da coordenação nacional da Intersindical, os movimentos estão se conscientizando de que existem bandeiras comuns a serem defendidas.

 

"O projeto que está hoje colocado no país é um projeto excludente, um projeto que beneficia os banqueiros, haja vista os lucros que têm aí. As empresas também estão mostrando seus lucros, elas que demitiram vários trabalhadores. Isso não está restrito a uma ou outra central, é um problema que atinge toda a classe trabalhadora", avalia.

 

A importância da unidade também foi ressaltada por João Paulo Rodrigues, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que alertou, porém, para a necessidade de uma integração mais profunda entre as entidades.

 

"Acho que a prioridade central agora é tentarmos avançar em uma pauta mais unitária. Por enquanto só unificamos o dia, precisa unificar programa, conteúdo, até outros temas que também são importantes", diz.

 

Os manifestantes também levaram para a Avenida Paulista outras reivindicações da Jornada Nacional Unificada de Lutas, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários, reforma agrária e urbana e defesa de direitos sociais e trabalhistas.

 

Houve protestos, ainda, contra o descaso na saúde, exemplificado pela pandemia de gripe A (H1N1) no país e manifestações pedindo a saída de José Sarney (PMDB) do Senado.

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