Correio da Cidadania

MST denuncia terras griladas e uso de milícias armadas no Pará

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Nesta quarta-feira, trabalhadores rurais sem terra do Pará iniciaram uma jornada de lutas contra a lentidão do processo de Reforma Agrária no estado. As famílias estão se concentrando na Curva do S, palco da chacina de Eldorado dos Carajás, onde devem fazer um grande ato em denúncia ao descaso do Estado com a Reforma Agrária, contra o uso de milícias armadas pelo latifúndio e pela desapropriação de terras griladas no estado.

 

No município de Sapucaia, o MST ocupou, de forma pacífica, a fazenda Rio Vermelho, onde já foram libertados 167 trabalhadores em situação análoga à escravidão. Os sem terra reivindicam a devolução da área grilada que pertence à União. No momento, as famílias se encontram na beira da estrada e esperam que as autoridades responsáveis agilizem a desapropriação da terra.

 

Outro ato aconteceu na Fazenda Maria Bonita (Eldorado dos Carajás), do grupo Agro Santa Bárbara, de propriedade do banqueiro Daniel Dantas, acusado de desvio de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro.

 

As famílias ocuparam a sede da fazenda para denunciar o uso de milícias armadas e irregulares por parte do latifúndio. Mais de 18 trabalhadores foram baleados por ações dessas milícias. "Na maioria dos casos, essas milícias são clandestinas e atuam no sentido de combater os movimentos sociais do campo e perseguir seletivamente nossas lideranças", explicou Maria Raimunda, da coordenação nacional do MST.

 

Fonte: MST.

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