Depois de 20 anos, Chile pode ter governo conservador
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- Andrea
- 07/12/2009
Após 20 anos de sua redemocratização, o Chile pode escolher pela primeira vez um presidente conservador. O candidato de direita, Miguel Sebastián Piñera, da coligação Alianza, lidera as intenções de votos da eleição presidencial, que acontece no próximo domingo (13).
De acordo com a pesquisa do Centro de Estudos Públicos (CEP), do Chile, divulgada em 11 de novembro, Piñera teria 36% dos votos, enquanto que o candidato de esquerda, o ex-presidente Eduardo Frei Ruiz-Tagle, da coalizão governista Concertación, aparece em segundo lugar, com cerca de 26%.
Os outros dois candidatos, Marco Enríquez-Ominami Gumucio, de candidatura independente, e Jorge Arrate, do partido Juntos Podemos, têm 20% e 7% das intenções de voto, respectivamente.
Caso nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos no dia 13, haverá a votação em 2º turno no dia 17 de janeiro de 2010. Para o segundo turno, projeta-se a disputa entre Piñera e Frei.
O mandato presidencial no Chile é de quatro anos sem direito à reeleição. Nas eleições do dia 13, os chilenos também elegerão 20, dos 40 senadores, cujos mandatos são de oito anos, e deputados federais, que vão ocupar 120 cadeiras na Câmara.
O voto no Chile é obrigatório para todos maiores de 18 anos e estrangeiros que moram no país há mais de cinco anos. O presidente eleito do Chile assumirá ao cargo no dia 11 de março de 2010.
Divergência
Segundo analistas, um dos motivos da tendência para a centro-direita do cenário eleitoral chileno foi o racha da coligação de esquerda Concertación na escolha de seu candidato.
A Concertación, coligação da atual presidente Michelle Bachelet e integrada por socialistas, democrata-cristãos e outras agrupações menores, manteve quatro mandatos consecutivos, desde a transição política após a ditadura de Augusto Pinochet.
A escolha de Eduardo Frei para a candidatura à presidência causou vários descolamentos no partido, que resultaram nas outras duas candidaturas de esquerda: de Gumucio, que é membro da Concertación, mas apresentou sua candidatura como independente, e Arrate, que provém das filas do "allendismo" e conta com o respaldo do Partido Comunista e da Esquerda Cristã.
Fonte: Brasil de Fato, com agências internacionais.